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Com unidade na Ásia, Renovigi investe em mais qualidade com controle de produção in loco

Em visita ao Brasil, Aliena Luo, colaboradora da área de Suprimentos Internacionais, fala sobre a operação do negócio em Shenzhen

Autor: 8 de dezembro de 2023Mercado
5 minutos de leitura
Com unidade na Ásia, Renovigi investe em mais qualidade com controle de produção in loco

Com unidade na Ásia, Renovigi investe em mais qualidade com controle de produção in loco

Após a incorporação da Renovigi à superintendência de energia do Grupo Intelbras, no início de 2022, a empresa obteve melhorias nos processos de desenvolvimento de produto, produção e logística. Entre os ganhos da nova operação do negócio destacam-se as estruturas compartilhadas com as demais unidades do grupo, como o escritório em Shenzhen, na China.

No local, atuam cerca de 70 colaboradores, incluindo Aliena Luo, colaboradora de Suprimentos Internacionais da Renovigi, que esteve em visita ao Brasil e explicou toda a dinâmica dos processos.

Segundo ela, o escritório na China opera como um centro de supply chain, onde os funcionários são responsáveis pelo abastecimento estratégico, controle de qualidade e fabricação dos equipamentos. “As operações na China estão acontecendo por volta de 20 anos. Então, nós temos pessoas muito experientes lá, trabalhando para o grupo Intelbras há mais de 10 anos”.

Antes de dar início ao desenvolvimento de novos produtos para o Brasil, a estrutura na Ásia é responsável por uma apuração criteriosa entre fornecedores e potenciais fornecedores, com intuito de escolher um parceiro que atenda aos requisitos de qualidade exigidos.

“No time a que pertenço, nós fazemos o sourcing antes de começarmos os projetos para o mercado brasileiro, principalmente quando um novo produto será lançado. Em geral, vamos ao mercado e às exibições na China, fazemos visitas aos fornecedores e potenciais fornecedores, para que possamos escolher e termos certeza que estamos selecionando o parceiro certo”, explicou.

Controle de produção in loco

Com exceção do painel Finame 550W – que é fabricado no Brasil e viabiliza o acesso às linhas de crédito do BNDS – os equipamentos fotovoltaicos da companhia são produzidos na China.

“Nós treinamos nossos times para que façam as inspeções e que ajudem nossos fornecedores a entender nossos processos e seguir a qualidade que nós esperamos dos produtos. Usando o painel como exemplo, nós seguimos estritamente os requerimentos do INMETRO para produzirmos os módulos para nossos clientes aqui, e vamos às linhas de produção para checar cada lote e ter certeza de que estamos alcançando os requisitos”, esclareceu Aliena.

Guilherme Costa, gerente geral executivo da Renovigi, enfatizou que o propósito principal da unidade e da auditoria in loco é trazer produtos de qualidade para a empresa.

“Acreditamos no quão importante é a qualidade dos equipamentos. E estamos falando de produtos de solar, com longas garantias. Então, não podemos brincar com isso. Esse é um comprometimento que a Renovigi tem com seus clientes. Estamos há 11 anos no mercado. Temos uma longa história e agora fazemos parte de um grupo bastante forte, com 47 anos de mercado”, relatou.

Além disso, Costa destacou a importância dos processos desenvolvidos na estrutura na Ásia, antes do produto ser enviado para o Brasil. “Uma coisa é escolhermos o parceiro certo, e outra é termos certeza de que o produto está vindo com o padrão de qualidade que nós exigimos”.

Guilherme Costa e Aliena Luo. Imagem: Renovigi/Divulgação

Guilherme Costa e Aliena Luo. Imagem: Renovigi/Divulgação

De acordo com Aliena Luo, o processo de garantia de qualidade é dividido em duas partes. Inicialmente são feitas visitas aos fornecedores e é determinado que há possibilidade de negócio. Assim, uma equipe é enviada para conferir a qualidade da fábrica, se a mesma atende aos requisitos da ISO e certificar de que todos os documentos estão em ordem.

“A segunda parte conduz efetivamente as negociações com os fornecedores e ao final passa o bastão ao time de inspeção que tem a missão de inspecionar cada lote de produtos a ser embarcado aos clientes da Renovigi no Brasil”, comentou.

Ademais, ela complementou que a busca pela excelência se mantém do início ao fim do processo, ao dizer: “por volta de 40 pessoas do time estão encarregadas do controle de qualidade. Portanto, todos os dias nós temos vários colaboradores indo para diferentes lugares e fábricas para inspecionar nossos produtos antes que sejam despachados”.

Posicionamento estratégico no mercado solar

Prestes a completar 50 anos de favorável relação bilateral junto ao Brasil, a China é um dos maiores parceiros comerciais do país, conforme destaca o relatório Securing Clean Energy Technology Supply Chains (2022) da IEA (Agência Internacional de Energia).

Além de fornecedora de bens importados, o país é líder mundial na cadeia de suprimentos de energia solar fotovoltaica, sendo uma localização extremamente estratégica para todas as fabricantes que atuam no setor.

Segundo a Renovigi, a produção em outros países, como no Brasil, ainda é inviabilizada em larga escala por não alcançar a competitividade dos custos do suprimento fabricado no território chinês – que concentra 80% da fabricação global, conforme estima a IEA.

Na prática, afirmaram que a localização estratégica permite que a fabricação de produtos como os módulos, por exemplo, que são os itens mais custosos em um sistema, tenham preços cerca de 50% a 65% menores que em outras partes do mundo.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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