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Uso de combustíveis fósseis segue em queda na Europa

A matriz de energia limpa ganha cada vez mais protagonismo na região

Autor: 23 de fevereiro de 2024Transição energética
4 minutos de leitura
Uso de combustíveis fósseis segue em queda na Europa

A queda de combustíveis fósseis seguirá até 2040. Freepik/Reprodução

Os relatórios European LNG Tracker da IEFA (Instituto de Economia da Energia e Análise Financeira) e On Thin Ice, elaborado pelo grupo de investigação internacional Zero Carbon Analytics, lançados no último dia 20, preparados por diferentes entidades europeias, comprovam o que já sabemos: a onda das energias renováveis veio para ficar.

De acordo com ambos, a Europa não necessita de novos investimentos em infraestrutura ou aumento da produção para abrigar energias fósseis, pois a demanda para esse mercado está caindo

O continente quer se voltar cada vez mais para a produção de energias renováveis e aumentar a eficiência energética nessa linha.

Relatório European LNG Tracker da IEEFA

O relatório aponta que, em 2023, a demanda por gás na Europa atingiu o nível mais baixo dos últimos dez anos e deve continuar caindo até 2025, quando atingirá seu pico. 

A queda ocorre pelo investimento em matrizes limpas e eficiência energética. Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, a demanda de gás caiu 20%, liderada por Alemanha, Itália e Reino Unido.

Na contramão dessa tendência, os países continuam investindo na construção de novas infraestruturas de GNL, oito terminais de importação entraram em funcionamento desde fevereiro de 2022, e a previsão é de que mais 13 projetos possam operar até 2030. 

Após a construção desses terminais, a capacidade combinada poderá ser três vezes superior à demanda prevista até o final da década. 

On Thin Ice

Já o estudo On Thin Ice afirma que a procura por gás na UE (União Europeia) deverá cair 32% até 2030, devido ao compromisso climático da IEA (Agência Internacional de Energia). Outro dado interessante é que até 2035 a oferta de projetos e contratos será maior do que a demanda.

Até 2030, a procura por petróleo cairá 30%, tornando novas explorações e expansão do fornecimento de petróleo e gás (incluindo a assinatura de novos contratos de importação de gás) desnecessários, devido ao excesso de oferta.  

Os dados não mentem

O estudo European Electricity Review, realizado em fevereiro pelo think tank Ember, mostrou a queda recorde, em 2023, da geração de eletricidade a partir de combustíveis fósseis na Europa. 

E, por outro lado, apontou a ascensão das energias renováveis, que vem tornando-se cada vez mais a fonte principal da matriz energética da União Europeia.

A tendência fica muito evidente quando se analisa a informação de que desde fevereiro de 2022, a Europa adicionou 53,5 mil milhões de metros cúbicos (bcm) de nova capacidade de regaseificação de GNL (Gás Natural Líquido). 

Mas que em 2023, oito dos 37 terminais de importação do continente registaram taxas de utilização inferiores a 50%.

“Dois anos após a invasão russa da Ucrânia, o sistema energético europeu é mais diversificado e resiliente. A crise foi controlada até certo ponto, as medidas de eficiência foram intensificadas e as instalações de energias renováveis e de bombas de calor aceleraram. Isto preparou o continente para continuar a reduzir a demanda de gás”, disse Ana Maria Jaller-Makarewicz, analista chefe de energia da Europa do IEEFA.

A matriz energética europeia teve índices recordes, tanto de forma positiva quanto negativa. Enquanto as energias renováveis tiveram participação de 44%, os combustíveis fósseis tiveram queda recorde, o carvão teve baixa de 26% e o gás de 15%. A queda vai continuar se acentuando ao longo dos anos, até 2040 os combustíveis fósseis serão radicalmente reduzidos. Somente o gás terá uma pequena participação que está prevista na última recomendação da Comissão Europeia, um objetivo para 2040.

 

Com informações da assessoria de imprensa do Clima Info 

 


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Viviane Lucio

Viviane Lucio

Jornalista graduada pela UNIP (Universidade Paulista) e especialista em jornalismo científico pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Possui experiência em produção de notícias, reportagens, fotografia, assessoria de comunicação e de imprensa.

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