Os reajustes e as revisões tarifárias aprovadas em 2023 pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) junto a sete distribuidoras de energia já elevaram o valor da conta de luz para 54 milhões de brasileiros nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
De janeiro até agora, a Agência autorizou as concessionárias CPFL Paulista e Santa Cruz; Enel-RJ; Cemig; Light; e Energisa-MT e Energisa-MS a atualizarem as suas tarifas de energia elétrica. Os valores variam de 4,89% até 10%, conforme apuração realizada pelo Canal Solar.
Mesmo com a elevação, parte dos consumidores têm conseguido minimizar os impactos com o uso de sistemas de energia solar. Atualmente, são pouco mais de 700 mil conexões fotovoltaicas em operação nas áreas de concessão das sete distribuidoras.
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Atualmente, o Brasil conta com mais de 45 concessionárias de energia, o que significa que, ao longo do ano, outros milhões de consumidores também terão o valor de suas tarifas reajustadas. A ANEEL já tem perspectivas de aprovar, em breve, o reajuste e as revisões de outras seis distribuidoras: Enel-SP; RGE Sul; Coelba; Cosern; Enel-CE e Energisa-SE.
Conta de luz nas alturas
Em março deste ano, um levantamento divulgado pela Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia) revelou que no acumulado dos últimos oito anos (entre 2015 e 2022) a conta de luz dos consumidores residenciais brasileiros teve alta de mais de 70%.
Trata-se de um patamar mais elevado que a evolução do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) – a inflação oficial do Brasil, que foi de 58% no período, e do Mercado Livre de energia, onde os preços reduziram em 9%.
Para 2023, a ANEEL estima que a tarifa subirá, em média, 5,6%, mas que em alguns estados o aumento vai superar a barreira dos 14%. Vale lembrar que as tarifas de energia são reajustadas anualmente pela Agência, de acordo com o “aniversário” do contrato de cada concessionária.