Arteris amplia uso de energia renovável no mercado livre

Com a iniciativa, empresa poderá economizar cerca de R$ 750 mil e reduzir 200 toneladas de CO₂ por ano
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Trecho viário da Rodovia Régis Bittencourt, entre São Paulo e Paraná, sob gestão da Arteris. Foto: Arteris/Divulgação

A Arteris, especialista em gestão de rodovias, migrou recentemente cinco unidades consumidoras da concessionária Arteris Planalto Sul para o mercado livre de energia, com 100% de fontes geradoras de energia renovável.

De acordo com a empresa, a mudança da matriz energética na Regional Sul gera uma economia de custo de até 25% para fornecer eletricidade a 20 unidades consumidoras.

A compra de energia limpa no mercado livre para essas unidades tem sido a principal alternativa de eficiência energética, conforme estudo de viabilidade do projeto. Com a iniciativa, a companhia poderá economizar cerca de R$ 750 mil e reduzir 200 toneladas de CO₂ por ano.

“Nossa meta é tornar as atividades cada vez mais sustentáveis e com menos emissão de carbono, o que reduz o impacto ambiental e a influência direta nas mudanças climáticas”, explicou Christiana Costa, superintendente de Sustentabilidade da Arteris.

“Estudamos as possibilidades de acordo com a característica de cada concessionária, mas sempre alinhados ao nosso plano de descarbonização e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU”, ressaltou.

A Arteris Planalto Sul é responsável pela administração dos 412,7 quilômetros da rodovia BR-116, fazendo a ligação de Curitiba à divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A migração já havia sido realizada em 15 unidades consumidoras das outras duas unidades da Regional Sul (Arteris Litoral Sul e Arteris Régis Bittencourt), responsáveis pela BR-116, BR-101 e BR-376, entre São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Plano de descarbonização

Além do mercado livre, outras iniciativas e projetos do eixo de ecoeficiência energética foram colocados em prática dentro do plano de descarbonização das atividades da empresa.

A meta possibilitou zerar as emissões de carbono provenientes do consumo de energia elétrica em 2022, principalmente devido à aquisição de certificados de energia renovável (I-RECs), correspondentes a 100% do consumo próprio de eletricidade. A Arteris tem essa prática desde 2021, o que resultou na redução de emissão de 5,3 mil toneladas de CO2.

Projetos de energia solar

Conforme a companhia, as ações para reduzir o impacto de suas atividades no meio ambiente não são recentes. Estudos para implantação de usinas solares foram iniciados há mais de seis anos na Arteris Fluminense.

A concessionária, que administra a BR-101 Norte, teve o primeiro sistema instalado em 2018, na praça de pedágio de Campos dos Goytacazes. Na sequência, em 2020, no mesmo local, foram instaladas mais duas usinas. Somados, os 669 painéis solares têm 262,4 kWp.

Na esteira de investimentos em tecnologia em prol da sustentabilidade também vale mencionar a Arteris Intervias e Arteris ViaPaulista, responsáveis, entre outras rodovias, pela SP-330 (Rodovia Anhanguera), que investiram R$ 16 milhões para construir 38 sistemas fotovoltaicos de micro e minigeração distribuída, inclusive na sede da Arteris em Ribeirão Preto.

Nas concessionárias paulistas, há redução de até 85% no custo de consumo diante da capacidade de 4.053,8 kWp, sendo a estimativa de geração de 6.167 MWh por ano. O montante corresponde a 20% do total de energia elétrica consumida pelas sete concessionárias.

Ainda no conceito de eficiência energética, a Arteris concluiu, em fevereiro deste ano, a instalação de 10 mil lâmpadas com tecnologia LED em parte dos 3.200 quilômetros de rodovia sob sua responsabilidade em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

“Com maior durabilidade, menor impacto ambiental, consomem menos energia e geram maior economia”, concluiu Sérgio Henrique Viana, gerente de Automação e ITS da Arteris.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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