Abertura do mercado livre leva à migração recorde de consumidores em janeiro

Consumidores varejistas representam 76,1% de um total de 2.460 unidades que concluíram o processo de transição neste ano
Canal-Solar-Abertura-do-mercado-livre-leva-a-migracao-recorde-de-consumidores-em-janeiro.jpg
Farmácias são candidatas a migrar para o mercado livre de energia. Imagem: Pixabay

O mercado livre de energia está em plena atividade, e janeiro testemunhou um recorde de 2.460 unidades consumidoras concluindo a migração para se tornarem consumidores livres. Este marco, reportado pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), sinaliza o início de uma verdadeira “corrida pelo ouro” no setor.

Os líderes desta corrida foram os estados de São Paulo, com 756 unidades consumidoras migrando (cerca de 30% do total), seguido pelo Rio de Janeiro, com 258 unidades (10,5% do total), e o Rio Grande do Sul, com 235 unidades (9,95% do total).

Em termos de setores, o comércio liderou o caminho com 691 unidades (28% do total), seguido por serviços, com 562 unidades (22,8% do total), e o setor de alimentos, com 309 unidades (12,5% do total).

É interessante notar que a maioria das migrações veio de consumidores varejistas, representando 1.872 unidades (76,1% do total), seguidos por consumidores especiais, com 460 unidades (18,7% do total), e consumidores livres, com 123 unidades (5% do total).

Desde o início do ano, todos os consumidores de média e alta tensão, classificados como Grupo A, receberam autorização para adentrar o mercado livre de energia. Isso abre as portas para pequenas e médias empresas, como lojas, restaurantes, academias e supermercados, possibilitando economia significativa nas despesas com eletricidade.

Além das empresas que já efetuaram a migração este ano, outras 2.168 comunicaram às suas distribuidoras a decisão de sair do mercado regulado. Ao todo, 16.791 empresas planejam tornar-se consumidores livres entre 2024 e 2025.

Para fazer a transição para o mercado livre, os consumidores do Grupo A com demanda abaixo de 500 kV devem procurar um comercializador varejista, que irá representá-los junto à CCEE. O comercializador varejista guiará o processo de migração e, em seguida, atuará como gestor de energia, auxiliando os clientes em suas estratégias de compra e venda de energia.


Todo o conteúdo do Canal Solar é resguardado pela lei de direitos autorais, e fica expressamente proibida a reprodução parcial ou total deste site em qualquer meio. Caso tenha interesse em colaborar ou reutilizar parte do nosso material, solicitamos que entre em contato através do e-mail: [email protected].

 

Imagem de Wagner Freire
Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba as últimas notícias

Assine nosso boletim informativo semanal