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Mercado Livre de Energia terá participação de 44% da carga total até 2030

Estudo da Thymos Energia projeta que o ambiente livre deverá crescer cerca de 1% ao ano até o fim da década

Autor: 26 de abril de 2024Mercado Livre
3 minutos de leitura
Mercado Livre de Energia terá participação de 44% da carga total até 2030

Mercado Livre de Energia foi responsável por um consumo de energia de 26.234 MWmed em março. Foto: Freepik

O Mercado Livre de Energia deverá apresentar crescimento de 1% ao ano até o final da década, com a participação dos consumidores superando a marca de 38% em 2024 e atingindo 44% da carga do SIN (Sistema Elétrico Nacional) em 2030. 

A projeção faz parte de um levantamento da Thymos Energia, uma consultoria brasileira de negócios especializada no setor de energia elétrica. 

“As unidades conectadas em média e em alta tensão representam uma significativa parcela de potenciais consumidores com pequena ou média demanda de energia”, disse Mayra Guimarães, head de preços e estudos de mercado da companhia. 

A profissional destaca que a abertura do Mercado Livre de Energia para mais consumidores do Grupo A no começo deste ano é um dos fatores que ajudam a explicar o crescimento projetado, uma vez que esse público corresponde, sobretudo, a pequenos e médios estabelecimentos comerciais e industriais, como condomínios, padarias, redes de supermercados e farmácias.

“Esperamos agora um avanço desta abertura e a definição de um calendário para atender aos consumidores de baixa tensão, que é a maior parte da população brasileira”, completou Mayra.

De acordo com dados da ABRACEEL (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), o Mercado Livre de Energia contava, em março deste ano, com 40.578 unidades consumidoras – o que representou a ampliação de 28% em relação ao mesmo mês de 2023. 

Ao todo, o ambiente de contratação livre de energia foi responsável, no mês passado, por um consumo de energia de 26.234 MWmed, correspondendo a 36% do consumo total. 

A Thymos Energia ressalta que o cenário previsto no estudo apresenta um grande desafio para o mercado, já que os potenciais novos clientes deste mercado estão pulverizados por todo o país. 

“Muitas vezes, eles desconhecem que existem outras formas de contratar energia fora do ambiente regulado, além dos benefícios econômicos que essa mudança pode gerar em sua conta de luz. A adesão dessa fatia de consumidores vai demandar uma força tarefa comercial maior por parte dos agentes do mercado de energia varejista”, ressaltou Mayra.

Crescimento estimado do Mercado Livre até 2030. Fonte: Thymos Energia

Perspectivas e novas definições no setor elétrico

De acordo com a Thymos Energia, existem hoje algumas definições regulatórias que precisam avançar para que o Mercado Livre de Energia se torne acessível aos consumidores de baixa tensão.

A consultoria avalia que a liberdade de escolha do fornecedor de energia para todos os brasileiros reduziria a conta de luz e fomentaria a concorrência. 

A ABRACEEL estima uma economia total anual de R$ 35,8 bilhões por ano, se comparar o que as unidades conectadas na baixa tensão pagam no mercado cativo com os preços praticados no ambiente livre.

“Hoje uma boa parcela da conta de luz do ambiente regulado é composta por subsídios. Existe uma paridade de encargos entre os dois mercados, livre e cativo. Então, nada mais justo que o consumidor escolha a melhor opção, conforme sua necessidade e preferência”, disse João Carlos Mello, CEO da Thymos Energia.


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Henrique Hein

Henrique Hein

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter do Jornal Correio Popular e da Rádio Trianon. Acompanha o setor elétrico brasileiro pelo Canal Solar desde fevereiro de 2021, possuindo experiência na mediação de lives e na produção de reportagens e conteúdos audiovisuais.

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