A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) publicou, nesta sexta-feira (17), a NBR 17258:2025, que define critérios técnicos para inspeção por eletroluminescência (EL) em módulos fotovoltaicos de silício cristalino.
O documento padroniza o uso do método de imagem eletroluminescente como ferramenta de controle de qualidade na indústria solar brasileira.
Elaborada pelo grupo de trabalho GT2, que integra a Comissão de Estudo de Energia Solar Fotovoltaica (ABNT/CEE-253), a norma tem como referência a IEC TS 60904-13:2018, a IEC TS 61836:2016, a ABNT NBR 10899 e vários artigos técnicos relacionados ao assunto.
O texto foi submetido à consulta nacional entre 1º de agosto e 1º de setembro de 2025 e consolida práticas que vinham sendo aplicadas de forma não uniforme por diversos fabricantes.
Segundo a ABNT, o objetivo é “determinar parâmetros de aceitação da qualidade das células e suas interligações que compõem os módulos fotovoltaicos fornecidos no mercado brasileiro”.
Ainda de acordo com a associação , a padronização deve favorecer a comparabilidade de resultados entre laboratórios, fabricantes e importadores, fortalecendo a rastreabilidade dos processos de certificação de produtos.
Diagnóstico visual de defeitos
A técnica de eletroluminescência consiste em aplicar corrente elétrica sobre o módulo fotovoltaico, fazendo com que as células emitam luz infravermelha captada por câmeras com lentes especializadas.
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As imagens revelam microdefeitos, como microfissuras, manchas e interrupções nas trilhas condutoras, que não são visíveis a olho nu, mas que podem reduzir o desempenho e a vida útil do equipamento. Além disso, é possível, por meio do teste, identificar desempenhos diferentes das células fotovoltaicas por meio da tonalidade da luz emitida.
A norma traz tabelas e escalas de cinza para classificação dos defeitos observados e define critérios de aceitação ou rejeição com base na extensão e na localização das falhas. Entre os tipos de anomalias listadas estão a “diferença da escala de cinza”,“canto preto”, “ponto preto”, “núcleo preto” , “canto quebrado” etc.

Harmonização internacional e impactos
Especialistas do setor veem na publicação da norma um passo importante para a convergência das práticas de qualidade do mercado brasileiro .
Segundo participantes que atuaram ativamente na criação da norma, a publicação da ABNT NBR 17258 é de extrema importância e foi criada devido a grande quantidade de módulos fotovoltaicos com problemas no mercado brasileiro, conforme estudos realizados em 2024.

A norma tem caráter voluntário, mas poderá ser citada em regulamentos técnicos ou programas de certificação, o que na prática pode torná-la de observância obrigatória em algumas etapas de fabricação e comercialização de módulos.
A norma está disponível no site da ABNT, clique aqui para acessar.
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Uma resposta
Prezados espero que estejam bem !!
Sempre leio matéria publicada de vocês, e por meio deste compartilha uma experiência muito ruim que estou passando com os módulos da TSUN, os mesmos estão super aquecendo os diodos na conexão com os cabos chegando até em alguns casos derretendo indicando alto risco de propagar incêndio , em contato com os responsáveis do mesmo não tem demostrado interesse no caso. podem me dar alguma sujestão pra este caso. grato a todos.