A IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável) e o Conselho do Hidrogênio, uma iniciativa global liderada por CEOs de mais de 90 empresas do setor de energia, assinaram um acordo para promover conjuntamente o hidrogênio verde em todo o sistema mundial de energia.
Por meio do documento, as entidades combinaram de trocar conhecimentos em busca de melhores práticas e de dados sobre custos e volumes para eletrolisadores, estruturas de políticas, projetos de mercado, sistemas de certificação, segurança e padrões técnicos.
A parceira também se baseará nas forças e nas comunidades complementares das duas organizações para atingir os objetivos pretendidos. “Temos que intensificar urgentemente a ação em todas as frentes da transição energética para alcançar nossos objetivos de clima e desenvolvimento sustentável”, disse Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA.
De acordo com o executivo, o hidrogênio verde é atualmente um pilar crítico para a descarbonização de sistemas de energia. “Com o acordo de hoje, aumentamos significativamente a troca de conhecimento, a cooperação internacional e a ação coordenada neste espaço”, pontuou.
Já Daryl Wilson, diretor-executivo do Conselho do Hidrogênio, disse que a produção do elemento é importante, pois além de ser uma fonte de energia limpa, também garante uma maior eficiência de custos e de otimização no nível dos sistemas de energia. “A colaboração público-privada com parceiros como a IRENA é fundamental para que essa transformação profunda aconteça. Estamos ansiosos para este próximo capítulo de nossa parceria e acelerando a transição para zero líquidos juntos”, afirmou ele.
Hidrogênio verde
No começo do ano, um relatório publicado pela IRENA apontou que o hidrogênio produzido com eletricidade renovável pode competir em custos com os combustíveis fósseis até 2030. O estudo da Agência, ainda destacou que a combinação de preços decrescentes para energia solar e eólica, o melhor desempenho dos sistemas, além das economias de escala para eletrolisadores, ajudarão a tornar isso possível.
A pesquisa analisou os motores da inovação e apresentou estratégias que os governos podem adotar para reduzir o custo dos eletrolisadores em 40% no curto prazo e em até 80% no longo prazo. Para conseguir esse objetivo, a IRENA também apontou na época para a necessidade da padronização e da fabricação em massa das pilhas do eletrolisador, a eficiência na operação, além da otimização da aquisição de materiais e das cadeias de suprimentos.