Âmbar Energia, do grupo J&F, inaugura usina de 5,1 MWp em SP

De acordo com a empresa, foram utilizados 9.408 painéis para a construção do complexo fotovoltaico
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UFV mbar Saltinho, situada no interior de SP. Foto: Canal Solar

Com colaboração de Ingridy Porto e Ericka Araújo

A Âmbar Energia, empresa de soluções de energia do Grupo J&F, inaugurou nesta quinta-feira (14) a UFV Âmbar Saltinho, localizada na cidade de Saltinho, interior de São Paulo. Esta é a primeira usina solar inaugurada pela companhia, que iniciou em 2021 um plano de aportes na tecnologia fotovoltaica. Ao todo, foram investidos R$ 23 milhões para a construção do empreendimento.

O complexo é composto por quatro plantas, que somam 5,1 MWp. Segundo a empresa, utilizaram 9.408 painéis monofaciais de 550 W da Sunova e 16 inversores de 250 kW da Sungrow Ademais, o sistema irá evitar a emissão de 12.193 toneladas de CO₂ na atmosfera, o mesmo que o plantio de quatro mil novas árvores por mês.

A energia gerada suprirá ainda a demanda de diversos clientes, entre eles a Swift e produtores integrados da Seara, ambos pertencentes à JBS. Outro ponto destacado é que as residências dos funcionários de todo grupo J&F na região também serão abastecidas com a energia gerada pela UFV Âmbar Saltinho, com desconto em relação à fatura da distribuidora.

Foram utilizados 16 inversores da Sungrow no projeto. Foto: Canal Solar
Foram utilizados 16 inversores de 250 kW da Sungrow no projeto. Foto: Canal Solar

“Tudo que é visto aqui nesta obra, incluindo módulo, inversor, drenagem, cercamento, economizamos quase 40% em estrutura. Mobilizamos em janeiro e terminamos em abril. Foram quatro meses de obra”, disse Guilherme Duarte, gerente executivo de novos negócios da Âmbar Energia.

“A inauguração é um marco na nossa estratégia de crescimento em energias renováveis. Iremos investir mais de R$ 6,5 bilhões apenas em geração solar até 2025”, destacou Marcelo Zanatta, presidente da Âmbar Energia.

Além das plantas fotovoltaicas espalhadas pelo país, a companhia está investindo também na construção de micro usinas em propriedades dos próprios clientes, como por exemplo nos telhados das lojas Swift.

“Esse empreendimento em Saltinho, que irá abastecer 10 lojas da Swift na região, é o primeiro grande passo para acelerarmos a fonte renovável no Brasil”, enfatizou Raphael Jacob, CFO e responsável pelos programas de sustentabilidade da Swift.

Características do projeto

Segundo Duarte, responsável pelo projeto, no complexo foram usados módulos monofaciais e monocristalino “pela facilidade que hoje tem no mercado, em questão de preço, qualidade e tecnologia já estabelecida, sendo mais simples de construir e erguer este complexo em quatro meses”.

Ainda de acordo com ele, as usinas utilizam a topologia de inversores em strings, devido à sua versatilidade e também pela garantia de fornecimento de energia. Isso porque, segundo o mesmo, se houver algum problema em um inversor, o outro ainda estará funcionando. O especialista ainda comentou que este tipo de topologia traz economia no uso de cabos para as conexões.

“Neste complexo, temos quatro inversores em cada subdivisão da usina. Os inversores possuem uma topologia string, com 12 MPPTs e duas entradas em cada MPPT, isso facilita a instalação e também futuras manutenções”, acrescentou Laís Leite, gerente de Contas da Sungrow Brasil.

Sobre a utilização de fios de alumínio, Duarte esclareceu que a escolha se deu devido à alta do preço do cobre. Já ao ser questionado sobre a utilização de trackers, comentou que, embora sejam eficientes, estes equipamentos trazem maior custo à operação da planta e por isso optaram por não usar.

Referente a estrutura utilizada para suportar os painéis solares, explicou que a estrutura difere da mais comum praticada no mercado. “O setor, normalmente, utiliza estruturas de aço galvanizado, já aqui a gente fez estruturas simples de concreto armado. As mesas são de módulos simples, não temos módulos duplos por conta desta estrutura”, explicou.

“Usamos o concreto armado, desde a base até a parte onde suporta os módulos. Isso dará durabilidade a qualquer estrutura armada de concreto. Estamos falando de 40 a 50 anos de durabilidade”, relatou.

“Fizemos todos os testes e cálculos para que a estrutura segurasse as isopletas de vento da região e os testes de arrancamento deram quatro vezes mais do que o solicitado”, pontou Duarte.

Portfólio da Âmbar Energia em GD

Atualmente, no portfólio da Âmbar em GD (geração distribuída), existem 58 sistemas em operação comercial, cinco aguardando conexão e três em fase de obra, somando 2,1 MWp, em seis concessionárias de distribuição do Sudeste.

Âmbar Energia investiu R$ 23 milhões para a construção da usina. Foto: Canal Solar
Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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