A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou o início da operação comercial da maior central de geração solar do Estado de São Paulo. Trata-se do complexo Pereira Barreto I a IV, com 167,58 MW de capacidade instalada.
O empreendimento está localizado na cidade de Pereira Barreto, às margens do reservatório da hidrelétrica de Três Irmãos. O espaço conta com 600 mil painéis voltados para a produção de energia elétrica limpa e renovável.
Segundo a Agência, a entrada em funcionamento da nova usina no município paulista representa a superação da marca de 4 GW de geração fotovoltaica centralizada em operação no SIN (Sistema Interligado Nacional).
O complexo inicia a operação com seis meses de antecedência em relação ao seu compromisso na outorga pela ANEEL e, de acordo com a própria companhia, ajudará o país no enfrentamento da maior crise hídrica dos últimos 91 anos.
Para Bernardo Marangon, especialista em mercados de energia elétrica e diretor da Exata Energia, notícias que envolvem o crescimento da geração solar centralizada no Brasil se tornarão cada vez mais comuns nos próximos anos, independentemente da pouca demanda apresentada pelas distribuidoras de energia nos leilões regulados.
“A negociação de contratos de longo prazo de energia (PPA) ou estruturas que envolvem parcerias entre consumidores e desenvolvedores de projetos (autoprodução), tem crescido de forma acelerada, garantindo a expansão da geração, que se dará majoritariamente por meio das fontes solares e eólicas”, destacou.
Expansão da energia solar
O Brasil ultrapassou, nesta quinta-feira (11), a marca histórica de 11 GW de potência operacional da fonte solar, somando as gerações distribuída e centralizada. O recorde foi alcançado menos de um mês após a fonte ter ultrapassado os 10 GW, no dia 20 de agosto,
Um levantamento realizado pelo Canal Solar, nesta semana, também mostrou que o mercado fotovoltaico segue extremamente aquecido em 2021, com a instalação de um sistema solar a cada dois minutos no segmento brasileiro de geração distribuída.
Além disso, estimativas da BNEF (BloomberNEF) apontam ainda que, na pior das hipóteses, a expectativa é que até 2050 a capacidade total de GD (geração distribuída) fotovoltaica atinja 84 GW de potência instalada no Brasil. Com relação à GC (geração centralizada), a expectativa é de 37 GW.