BNDES aprova financiamento de R$ 700 mi para 49 usinas de GD solar

Usinas fotovoltaicas serão instaladas em quatro estados brasileiros pela (re)energisa, empresa do grupo Energisa
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BNDES aprova financiamento de R$ 700 mi para 49 usinas de GD solar
Fachada do edifício sede do BNDES. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou um financiamento de R$ 700 milhões para 49 usinas solares que serão implantadas pela (re)energisa – empresa do grupo Energisa – nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Trata-se do maior financiamento já realizado pelo banco nacional para projetos de geração distribuída de energia solar. Ao todo, as usinas somam 144 MW de potência e a estimativa é que as conexões evitem a emissão de mais de 476 mil toneladas de CO2 ao longo de toda vida útil dos sistemas fotovoltaicos, estimada em 25 anos.

“Esse investimento vai levar energia solar distribuída para 28 municípios, onde serão instaladas 49 usinas que vão beneficiar milhares de micro, pequenas e médias empresas”, disse em nota Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES.

Investimento em solar

Há menos de um mês, o BNDES também concedeu outro financiamento para construção de projetos de GD solar. Ao todo, foram ofertados R$ 90 milhões para que a multinacional francesa Helexia inaugure os seus primeiros projetos  no Brasil.

As primeiras usinas da empresa somam 25 MWp de potência e estão sendo desenvolvidas nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Os investimentos fazem parte de um contrato de fornecimento de energia a subsidiárias da Telefônica Vivo.

Financiamento de projetos

De acordo com o BNDES, a demanda por financiamentos para a GD solar por parte da empresa cresceu de forma exponencial no Brasil com a publicação da Lei 14.300, uma vez que a legislação causou uma corrida para a viabilização de projetos por parte de consumidores. 

No entendimento do banco, o marco regulatório concedeu maior segurança jurídica a entidades como o BNDES, fazendo com que a instituição liberasse crédito e passasse a apoiar a GD na forma de ‘project finance’.

Imagem de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

4 respostas

  1. Estou muitíssimo satisfeita com o conteúdo da reportagem. Mais do que na hora de tocar para frente os investimentos no nosso Brasil, que estavam caindo na inércia.
    Por favor continuem publicando tudo a respeito dessa matéria.
    Importante ressaltar que os consumidores são aqueles/as que mais sofrem com o valor no pagamento da energia elétrica, mas devagar se vai ao longe, diz o ditado. Pelo menos já podemos ver luz no fim do tunel.
    Muito obrigada!!!

  2. Realmente as pequenas instalações não tem incentivo, os bancos que dizem trabalhar com taxas atrativas fazem de tudo para financiar com taxas normais. Algumas cidades têm o banco do povo isso seria uma boa saída. Mas quem consiguiu teve trabalho, muita burocracia.

  3. Veja só que interessante. As governo e as concessionárias aprovam uma lei pra derrubar o mercado de GD, logo em seguida começam a gerar energia pra elas mesmas com o maior crédito subsidiado da história da GD no Brasil e além disso pagam o Fio B e outros encargos para elas mesmas. Quer mais suco de Brasil do que isso?

  4. Tudo bem que seja um importante incentivo à fonte solar que já é a segunda para atender à demanda de energia elétrica no país, considerando-se as já contratadas ( fonte Aneel). Mas, há aqui uma obsrvação. Com a mudança de governo federal esperamos que o BNDES, vide que que é social, se abra para financiamento para as unidades residenciais que, no momento, são as maiores demandadoras de energia fotovolaica. Veja que os tais R$ 700 milhões só contemplam grande investimento, deixando de lado os pequenos empreendedores. Veja a contradição!

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