Mesmo com o aumento dos custos globais de produção de hidrogênio verde, o Brasil se mantém entre os países mais competitivos do mundo nesse mercado emergente.
Segundo o Índice LCOX Brasil, calculado pela CELA (Clean Energy Latin America), o custo médio nacional para produzir hidrogênio verde varia entre US$2,94 e US$7,38 por quilo, dependendo das condições locais e da matriz elétrica utilizada.
O levantamento aponta que, enquanto o custo mundial de produção do hidrogênio verde subiu cerca de 11% no último ano, e o da amônia verde aumentou 40%, o Brasil conseguiu preservar sua vantagem comparativa graças à ampla oferta e baixo custo da energia renovável, mas também à maturidade tecnológica dos projetos em desenvolvimento.
No contexto brasileiro, parte dessa alta se deve aos cortes de geração renovável (curtailment), que impactaram receitas e elevaram o custo nivelado.
De acordo com a CELA, o índice é um passo importante para dar transparência e previsibilidade ao mercado.
O estudo mapeou também 113 projetos de hidrogênio verde e derivados — como amônia, e-metanol e aço verde — em andamento em 16 estados brasileiros, totalizando R$469,2 bilhões em investimentos previstos.
Esses empreendimentos devem demandar 90 gigawatts de nova capacidade instalada de fontes renováveis, reforçando a sinergia entre o avanço tecnológico e o potencial energético do país.
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Do total de projetos identificados, 66% já estão em escala comercial, 20% em fase piloto e 13% em pesquisa e desenvolvimento (P&D). A maioria (53%) tem como foco o mercado doméstico, especialmente nos setores de siderurgia, fertilizantes e transporte pesado, enquanto o restante visa à exportação.
A CELA lançou também o Módulo H2V do CELA Research, plataforma que reúne dados técnicos, mapas interativos e uma calculadora de conformidade com os critérios de certificação da União Europeia.
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