O Brasil praticamente triplicará a sua atual capacidade operacional em energia solar (22,9 GW) e ultrapassará a marca de 66 GW de potência instalada até o fim de 2027, segundo projeções da IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês).
O número leva em conta a soma da capacidade das usinas de grande porte (geração centralizada) e de pequenos sistemas de geração própria (geração distribuída).
De acordo com a IEA, nos próximos cinco anos, a fonte solar fotovoltaica crescerá no Brasil (em termos de proporcionalidade) mais do que em algumas nações que sempre foram consideradas líderes de geração no setor.
Enquanto o Brasil aumentará a sua capacidade operacional em quase três vezes, a Alemanha, por exemplo, ficará próximo de apenas duplicar o seu volume de potência, saltando dos atuais 65,9 GW para 126,6 GW em 2027.
Além disso, estimativas da IEA mostram ainda que o Brasil terá em cinco anos uma capacidade operacional da fonte solar consideravelmente maior do que em muitos países de primeiro mundo.
Entre eles, estão nações como Espanha, Austrália, Itália, Holanda, França, Inglaterra – que daqui cinco anos terão: 61 GW; 52,6 GW; 41,9 GW; 36,4 GW; 31,6 GW e 26,4 GW, respectivamente.
Por segmento
De acordo com a Agência Internacional, dos mais de 66 GW previstos para estarem em operação no Brasil até 2027, cerca de 35,3 GW deverão ser provenientes de projetos de utility-scale, enquanto 14,8 GW deverão ter relação com sistemas residenciais e outros 16 GW relacionados com conexões por estabelecimentos comerciais.
Por que o Brasil avança tanto em solar?
Em artigo recém-escrito para o Canal Solar, Gustavo Tegon, co-fundador da Esfera Solar, destacou que vários motivos explicam porque o setor de energia solar tem crescido tanto no Brasil.
Segundo ele, além do alto custo da energia elétrica e do fato do país ser privilegiado em irradiação solar, uma das principais questões seria o preço dos sistemas fotovoltaicos no mercado, que vem se tornando cada vez mais competitivos e democráticos.
A redução dos custos da tecnologia, conforme explica Tegon, faz com que os sistemas se mostrem mais viáveis para um número cada vez maior de pessoas e empresas.
“Prova disso é que mais da metade dos novos sistemas são investimentos de famílias de classe C e D. Até mesmo a presença das PMEs como grandes consumidoras de energia solar aponta que os painéis já não são um luxo para poucos”, escreveu.
Confira o artigo completo de Gustavo Tegon, clicando aqui.