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Brasileiro é finalista de prêmio da ONU por levar energia solar às favelas do RJ

Energia fotovoltaica é uma ferramenta muito mais importante pra camada mais pobre
2 minuto(s) de leitura

O projeto da ONG Revolusolar, que visa implantar uma cooperativa de energia solar nas comunidades da Babilônia e do Chapéu Mangueira no Rio de Janeiro, é um dos cinco finalistas do prêmio Jovens Campeões, da ONU (Organização das Nações Unidas).

“Ser reconhecido pela ONU é um dos maiores prestígios que poderíamos ter. É muito importante estabelecer conexões com outros países e botar o Rio de Janeiro, o Brasil e a energia solar na pauta da discussão global, além de mostrar que podemos ser protagonistas, em termos de renováveis e energia fotovoltaica no mundo. Os recursos temos, só faltam as iniciativas e os projetos. Então, estamos aqui para suprir essa lacuna”, disse Eduardo Avila, diretor-executivo da Revolusolar.

Avila é o único brasileiro entre os finalistas da América Latina e Caribe que, ao lado de 30 jovens de outros continentes, concorrerão ao prêmio de US$ 10 mil (R$ 53,4 mil). A competição global visa identificar, apoiar e estimular jovens empreendedores com idade entre 18 e 30 anos com ideias inovadoras para proteger ou restaurar o meio ambiente.

No total, foram inscritos mais de 845 projetos. O resultado deve sair em setembro.

Sobre o projeto da Revolusolar

Segundo Eduardo Avila, a iniciativa promove sustentabilidade e autonomia energética para as comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro. Com o projeto, serão gerados 15.600 kWh de energia por ano, o que permitirá uma economia de R$ 15 mil para a população local.

“A ideia de que energia solar é coisa de rico é mito. Energia fotovoltaica é uma ferramenta muito mais importante pra camada mais pobre. Enquanto a classe alta gasta cerca de 3% a 4% da renda com energia, a baixa renda chega a gastar 30% a 40%. Então, é fundamental a questão econômica para reduzir as despesas”, concluiu Avila.

Outro prêmio

Em fevereiro deste ano, a Revolusolar já tinha sido finalista em outro programa, o Global Innovation Lab for Climate Finance, que reúne projetos com potencial de transformação como instrumentos para uma economia verde. A ONG ganhou em primeiro lugar no Brasil como a melhor ideia de inovação financeira e foi apresentar o trabalho em Frankfurt, na Alemanha.

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Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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