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BYD pretende ampliar ainda mais a capacidade de fabricação local

Adalberto Maluf discorre sobre a reestruturação da fábrica em Campinas (SP), bem com as perspectivas de crescimento no mercado de armazenamento e VEs no Brasil

Autor: 22 de setembro de 2021Entrevistas
5 minutos de leitura
BYD pretende ampliar ainda mais a capacidade de fabricação local

Com o objetivo de atender às novas exigências do mercado fotovoltaico, a BYD anunciou em agosto que está ampliando sua capacidade de produção para o lançamento de módulos solares com maior potência nominal.

Para isso, a produção dos painéis policristalino modelo/família P6K e monocristalino modelo/família M7K foi reduzida. Em meio a este cenário, dúvidas surgiram quanto a reestruturação da fábrica localizada em Campinas (SP). 

A demanda será afetada? O que o setor poderá esperar? Em entrevista ao Canal Solar, Adalberto Maluf, diretor de Marketing e Sustentabilidade da BYD Brasil, comentou sobre o assunto e respondeu ainda outras dúvidas com relação ao processo de reformulação. 

Ademais, discorreu também sobre como a BYD está se preparando referente a uma possível aprovação do PL 5829, que visa a criação do Marco Legal da GD (geração distribuída) no Brasil, bem como a atuação da empresa no mercado de baterias e VEs (veículos elétricos) no país. 

Recentemente, a BYD anunciou a reestruturação de sua fábrica. Qual a estratégia da empresa, o que o mercado pode esperar com essa reestruturação?

A reestruturação da fábrica está acontecendo pela necessidade de ampliação da capacidade de produção para o lançamento de módulos fotovoltaicos com maior potência nominal, visando atender às novas demandas do mercado. 

Os novos painéis possuem potência de 450 W, eficiência de 20,9% e são indicados para sistemas residenciais, para soluções do agronegócio ou ainda em comércios, indústrias e geração off-grid. 

Esta é uma conquista inédita para a indústria nacional, pois é o módulo de maior potência já desenvolvido em território brasileiro. Este lançamento mostra o quanto a BYD está comprometida em investir em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e de gerar empregos no país.  

A BYD, que já é líder em soluções para um mundo mais sustentável, investe também para criar produtos cada vez mais adaptados à realidade climática brasileira.

A reestruturação vai afetar a demanda? Quem já pediu os módulos, vai conseguir retirar? Haverá módulos para reposição?

Para começar a fabricação das placas com 450 W ainda em 2021, a produção dos módulos fotovoltaicos policristalino modelo/família P6K, de 335 W, e monocristalino modelo/família M7K, de 395 W, foi reduzida e deverá ser encerrada no futuro próximo.

Entretanto, com o objetivo de evitar qualquer tipo de transtornos ou adversidades causados pela falta do produto para os projetos que se encontram em fase de aprovação e/ou negociação, a BYD elevou seu estoque destes painéis, permitindo que nossos parceiros pudessem emitir novos pedidos de compras até o dia 31/08/21 para a família P6K – policristalino – e até o dia 30/09/2021 para a família M7K – monocristalino, além de manter estoques de reposição para nossos clientes.

Referente ao PL 5829. Com a sanção da lei, o mercado está prevendo um boom dos projetos. A BYD está se preparando para isso?

Acreditamos que o setor vai continuar a crescer muito antes e após a aprovação do marco regulatório pelo Senado, pois ele garante mais segurança jurídica a todos num momento de forte demanda por energia renovável mais barata. 

A BYD já é a maior fabricante nacional de módulos fotovoltaicos, e pretende ampliar ainda mais a capacidade de fabricação local para atender às demandas crescentes do setor. Em 2021, já experimentamos um crescimento importante na comercialização dos painéis nacionais. 

Já havíamos aberto um novo turno na fábrica de Campinas no primeiro semestre deste ano, contratando cerca de 60 novos colaboradores, e totalizando mais de 400 colaboradores. A BYD está preparada para expandir ainda mais para atender às demandas do mercado nacional.

Com relação à fábrica de baterias da BYD em Manaus, como está o processo de comercialização?

A planta fabril da BYD em Manaus ainda está dedicada à produção de baterias de fosfato de ferro-lítio (LiFePO4) para atender à fabricação dos chassis de ônibus 100% elétricos da BYD, desenvolvidos em Campinas. 

Com uma capacidade de produção de mais de mil baterias por ano, a fábrica, instalada em uma área de 5 mil metros quadrados, permite a expansão de novas linhas de produção no futuro para atender também a outras fabricantes. 

Em pouco tempo, pretendemos expandir a produção para os sistemas de armazenamento de energia. Tudo vai depender da aceitação dos nossos produtos a serem lançados na Intersolar 2021. 

A BYD pretende comercializar veículos elétricos no Brasil?

A BYD é uma das maiores fabricantes globais de veículos elétricos, tendo liderado a venda no mundo durante 6 anos. Fomos a segunda montadora a superar a marca de mais de 1 milhão de automóveis eletrificados vendidos, bem como de 114 mil VEs comerciais. A empresa vem expandindo sua atuação globalmente e, no Brasil, devemos ter boas novidades em 2022. 

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

Um comentário

  • Osmar Antônio Vilas Boas disse:

    Excelente reportagem.
    Estou entrando no mercado de energia solar como representante de uma empresa do ramo. E fico contente em ver uma indústria nacional se dedicando a melhorias para uma produção ainda melhor de energia solar.
    Eu realmente não conhecia a empresa
    BYD.
    Parabéns .
    Desejo que continue tendo mais e mais sucesso.

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