CETESB inaugura usina solar de 885 kWp com microinversores

Companhia terá economia anual estimada de R$ 780 mil; mais de 1.600 módulos foram utilizados no projeto
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CETESB investiu R$ 5 milhões na construção da usina. Foto: Soleri/Divulgação

Visando eficiência energética, a CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) instalou, na cidade de São Paulo (SP), uma usina solar de 885 kWp que irá gerar 100 MWh mensais, reduzindo em 35% o consumo da rede.

No total, foram instalados 865 módulos fotovoltaicos de 550 W da DAH Solar e 752 painéis de 545 W da LONGi, distribuídos nos telhados dos prédios da sede, bem como 202 microinversores de 3.600 W da APsystems.

De acordo com Thomaz Toledo, diretor-presidente da empresa, o empreendimento, que contou com investimento de R$ 5 milhões, possibilitará uma economia anual estimada de R$ 780 mil.

“Trata-se de uma importante ação da CETESB, como órgão ambiental de ponta, buscando uma atuação e operação mais sustentável, que também gerará uma economia de gastos. Este tipo de projeto pode se tornar modelo para outros órgãos e instituições do estado e do país”, ressaltou Liv Costa, diretora de Gestão Corporativa.

CETESB apostou em projeto com microinversores para aumentar eficiência da captação e conversão de energia solar. Foto SoleriDivulgação
CETESB apostou em projeto com microinversores para aumentar eficiência da captação e conversão de energia solar. Foto SoleriDivulgação

Vantagens dos microinversores

Segundo o engenheiro eletricista Eduardo Augusto Duarte, responsável técnico e sócio-proprietário da Soleri, empresa responsável pela instalação da usina da CETESB, a utilização de microinversores em grandes plantas fotovoltaicas permite aumentar significativamente a eficiência da captação e conversão de energia solar.

“Em sistemas convencionais, problemas em um único painel podem afetar o desempenho de todo o sistema. Com os microinversores, cada painel opera de forma independente, reduzindo perdas e maximizando a produção de eletricidade”, apontou.

Monitoramento e manutenção

Duarte destacou ainda que a aplicação de microinversores oferece um monitoramento aprimorado para as usinas. Com a capacidade de verificar o desempenho de cada módulo individualmente, problemas podem ser detectados e solucionados rapidamente, minimizando o tempo de inatividade do sistema e aumentando a eficiência geral da planta.

“Além disso, esses dispositivos podem fornecer informações detalhadas sobre a produção de energia, contribuindo para uma melhor gestão operacional e tomada de decisões”, relatou.

Escalabilidade e flexibilidade

De acordo com o engenheiro, a utilização de microinversores em usinas fotovoltaicas de grande porte oferece uma solução escalável e flexível. “A capacidade de implantar e manter cada painel de forma independente permite a construção modular do sistema. Isso facilita a expansão da usina, adaptando-se às necessidades de demanda de energia em constante evolução”.

Integração com a rede elétrica

Na visão dele, os microinversores garantem uma conexão mais estável e segura com a rede elétrica local. Ao converter a energia em corrente alternada diretamente no painel, eles reduzem a ocorrência de interrupções e minimizam a perda de energia durante a transmissão.

Conclusão

Portanto, o especialista ressaltou que a aplicação de microinversores em usinas fotovoltaicas de grande porte representa um avanço significativo no setor de energia solar.

“A utilização promove maior eficiência, monitoramento avançado, escalabilidade e flexibilidade, além de melhorar a integração com a rede elétrica. Com o crescimento contínuo da demanda por energia sustentável, os microinversores se destacam como uma técnica inovadora que impulsiona a revolução da energia solar e nos aproxima de um futuro mais verde e consciente”, concluiu.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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