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EJOT fornece soluções de fixação para usina FV e sarcófago de Chernobyl

Empresa firma parceria com o objetivo revitalizar áreas afetadas pelo desastre nuclear que ocorreu no ano de 1986

Autor: 1 de abril de 2024Projetos
5 minutos de leitura
EJOT fornece soluções de fixação para usina FV e sarcófago de Chernobyl

Fixadores da EJOT utilizados no sárcofago da usina nuclear de Chernobyl. Imagem: EJOT/Divulgação

Após 35 anos do desastre de Chernobyl, as terras situadas dentro da zona de 10 km ao redor do bloco 4 do reator danificado permanecem inutilizáveis para a habitação humana. No entanto, uma parceria entre duas empresas ucranianas, com sede em Hamburgo, na Alemanha, decidiu desafiar essa realidade ao montar um parque solar na área afetada pela radiação.

O consórcio alemão-ucraniano, que tem a participação da EJOT, tem como objetivo revitalizar as áreas afetadas pelo desastre nuclear de Chernobyl, tornando-as novamente habitáveis.

De acordo com a empresa, em outubro de 2017 deram-se início aos trabalhos de construção de um sistema fotovoltaico de 1 MWp em uma área de 1,6 ha – adjacente ao sarcófago do reator destruído. Composto por 3.762 módulos, o projeto foi concluído em junho de 2018.

Atualmente, a planta gera cerca de 1.024 MWh anualmente. A energia gerada em Chernobyl está sendo utilizada pelos edifícios circundantes, dedicados principalmente ao descarte e desmantelamento da usina – um compromisso que se estende por quase 50 anos, duração do contrato de arrendamento da área ocupada pelo sistema.

Usina solar fotovoltaica instalada em Chernobyl. Imagem: EJOT/Divulgação

Usina solar fotovoltaica instalada em Chernobyl. Imagem: EJOT/Divulgação

Parafusos da EJOT para Chernobyl

Segundo a companhia, a construção da planta solar na área contaminada trouxe algumas características especiais que precisavam ser cuidadosamente consideradas no planejamento e na implementação.

Por exemplo, não foi permitido realizar escavações ou dragagens no local para evitar a liberação de radiação do solo. Todas as linhas necessárias para o sistema foram instaladas acima do solo em blocos de cimento especialmente projetados.

A experiência para a construção do sistema fotovoltaico foi fornecida pela empresa ucraniana, de Hamburgo, que também priorizou a qualidade “Made in Germany” ao conectar os componentes da subestrutura de montagem.

“No total, quase 6 mil parafusos autoperfurantes e quase 12.000 parafusos EJOT foram fixados neste projeto. Estes equipamentos são fabricados em aço inoxidável 304 (A2), conhecidos por sua resistência à corrosão e capacidade de proporcionar uma fixação confiável e durável”, enfatizou a empresa.

Os parafusos JZ3-6.3×19 E16 foram utilizados para fixar os perfis, laminando uma rosca no pré-furo ou estampado para garantir uma fixação concisa e segura. Essa montagem é adequada para a fixação de componentes de aço e/ou alumínio.

Recentemente, o parque solar de Chernobyl recebeu uma versão atualizada do JZ3 e/ou JZ5, que se destaca como o parafuso autoatarraxante mais recomendável pela EJOT até o momento, especialmente eficaz quando utilizado em materiais de alta resistência.

Os parafusos autobrocantes JT3-6-5,5×25 E16 são fabricados em aço inoxidável com ponta broca em aço endurecido e são empregados para fixar os perfis de suporte à subestrutura.

Conforme a EJOT, tais produtos se destacam pois não requerem perfuração prévia. São igualmente adequados para aplicação em aço e alumínio, e podem ser utilizados em combinação desses dois materiais com uma espessura total de até 6 mm.

Já o JZ5 sucede o parafuso autoatarraxante JZ3, utilizado no empreendimento fotovoltaico de Chernobyl, sendo ideal para fixar chapas de perfil e elementos sanduíche em subestruturas de aço com maiores espessuras.

Parafuso autoperfurante JT3 (à esquerda) e o parafuso JZ5 (à direita). Imagem: EJOT/Divulgação

Parafuso autoperfurante JT3 (à esquerda) e o parafuso JZ5 (à direita). Imagem: EJOT/Divulgação

Demais características do projeto

Após um período de construção de quase 10 anos, em julho de 2019, a nova cobertura de proteção “New Safe Confinement”, também conhecida como “Arco de Chernobyl”, foi colocada em operação sobre o antigo sarcófago do Bloco 4 danificado. Quase três milhões de parafusos autobrocantes JT3 da EJOT foram utilizados para fixar vários formatos de telhas metálicas, bem como elementos do revestimento interno e externo.

Para garantir a durabilidade da nova cobertura de proteção e, portanto, de suas fixações dos parafusos, foram realizados relatórios especiais para analisar a influência da radiação nos aços inoxidáveis. “Estamos cientes da grande responsabilidade que assumimos ao participar desse projeto”.

“Ao mesmo tempo, porém, também estamos muito orgulhosos de poder contribuir para essa obra de grande pujança, que é extremamente importante para todos nós, com nossos produtos duráveis e de alta qualidade”, explica Dr. Jens Oliver Weber, diretor administrativo da EJOT.

Sobre o desastre em Chernobyl

No dia 26 de abril de 1986, uma explosão devastadora ocorreu no reator 4 da usina nuclear de Chernobyl, localizada na Ucrânia, desencadeando um dos piores desastres nucleares da história da humanidade.

O incidente resultou em perdas significativas de vidas humanas, tanto diretamente quanto por suas consequências indiretas. Uma extensa área de aproximadamente 6.400 km² ao redor da usina danificada precisou ser evacuada devido à exposição severa à radiação. Na época, presumiu-se que essa região permaneceria inabitável para seres humanos por centenas, ou até milhares de anos.


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Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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