O Chile inaugurou, nesta semana, a primeira usina termossolar da América Latina, no deserto do Atacama. O complexo foi apelidado de Cerro Dominador e será uma importante ferramenta para ajudar o país a atingir a neutralidade de carbono até 2050, conforme prevê o Acordo de Paris. 

O espaço foi construído em uma área de mais de 700 hectares, onde foram instalados cerca de 10,6 mil espelhos em volta de uma torre de 250 metros de altura, onde encontra-se um receptor no qual os raios do sol são refletidos.

O calor absorvido será usado ​​para gerar eletricidade – de até 110 MW – por meio de uma turbina a vapor. Combinado com uma usina fotovoltaica adjacente, o complexo será capaz de produzir até 210 MW de energia renovável.

Uma característica interessante do projeto é o fato de que o armazenamento de energia consegue ser feito por até 17h, o que permite com que o sistema continue operando sem luz solar direta sem parar.

Com a inauguração do espaço, a expectativa do Governo Chileno é evitar com que mais de 600 mil toneladas de emissões de CO2 sejam despejadas na atmosfera todos os anos. O volume é equivalente a poluição emitida por 300 mil carros em um único ano.

A construção do projeto Cerro Dominador começou em 2014 e a ideia do governo chileno garantiu é continuar investindo em projetos de energia limpa por todo país, como iniciativas voltadas para a preservação de florestas e para a eletrificação do transporte público, substituindo a energia baseada em carbono por alternativas verdes.