Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico apresenta planos para garantir suprimento de energia

Projeções indicam que SIN terá energia suficiente para atender à demanda até março de 2026
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico apresenta planos para garantir suprimento de energia
Foto: Freepik

O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), vinculado ao MME (Ministério de Minas e Energia), realizou uma reunião na quarta-feira (8), onde discutiu medidas para garantir o suprimento elétrico do país até o final do período seco de 2025 e além.

Com base nos dados apresentados pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a situação dos reservatórios segue dentro das expectativas, com projeções que asseguram a estabilidade do SIN (Sistema Interligado Nacional) até março de 2026.

De acordo com o ONS, os reservatórios apresentam um desempenho melhor do que no ano passado, o que contribui para a segurança energética do Brasil, mesmo em um cenário desafiador, com baixa geração eólica e condições hidrológicas desfavoráveis.

Em alguns casos, será necessária a geração térmica adicional para atender à demanda, além do esforço para maximizar a produção das hidrelétricas, como a UHE de Itaipu e as usinas do Rio São Francisco.

Preparações para eventos de grandes impactos

Outro ponto discutido foi a preparação do sistema elétrico para atender aos próximos grandes eventos nacionais, como a PND (Prova Nacional Docente e o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).

O Comitê solicitou que o ONS apresente um planejamento detalhado sobre a operação do sistema elétrico durante esses eventos.

Condições hidrológicas e previsões para outubro

Em relação às condições hidrometeorológicas, o mês de setembro apresentou precipitações abaixo da média em boa parte das bacias do SIN, com exceção das regiões Sul e Norte, onde a chuva foi mais significativa.

O Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) apresentou previsões para as próximas semanas, com expectativa de chuvas na média histórica para a bacia do Rio Paraná e abaixo da média nas bacias do Rio São Francisco, Araguaia-Tocantins, Madeira, Uruguai e Jacuí.

Para o mês de outubro, as previsões indicam que a ENA (Energia Natural Afluente) deverá ser de 70% da Média de Longo Termo para o SIN, o que representa o 16º menor valor para o mês nos últimos 95 anos.

Ao final de setembro, foram verificados armazenamentos equivalentes de 50%, 91%, 54% e 82% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. No SIN, o armazenamento foi de aproximadamente 56%.

Para o último dia de outubro, conforme estudos prospectivos apresentados, a expectativa é de 44,7%, 93,9%, 47,6% e 69,4% da EARmáx (Energia Armazenada máxima), considerando o cenário superior para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente.

No cenário inferior, há a previsão de 43,5%, 66,4%, 47,6% e 69,2% da EARmáx, considerando a mesma ordem. Para o SIN, a previsão varia entre 47,1% e 50,0% da EARmáx.

O Comitê também destacou os investimentos em expansão da geração e transmissão no Brasil. Até setembro de 2025, o país já registrou a adição de 5.960 MW de capacidade instalada de geração e 3.625 km de novas linhas de transmissão.

Um marco importante foi a entrada em operação da linha de transmissão Manaus-Boa Vista, que conecta o estado de Roraima ao SIN, com 725 km de extensão e capacidade de 500 kV.

Atenção ao Acre e ações regionais

A ANEEL apresentou também um relatório sobre o desempenho da interligação elétrica no estado do Acre, em especial nas regiões de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, que recentemente foram integradas ao SIN.

A agência detalhou as ações para melhorar a qualidade do fornecimento elétrico e reduzir os desligamentos forçados.

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Caique Amorim
Estudante de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Tenho experiência na produção de matérias jornalísticas.

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