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Dia do consumidor: energia solar é para todas as classes de consumo 

Fonte ajuda a reduzir não só os custos dos consumidores como contribui para a segurança energética do Brasil

Autor: 15 de março de 2024março 18th, 2024Brasil
8 minutos de leitura
Dia do consumidor: energia solar é para todas as classes de consumo 

Energia solar conta com mais de 2,45 milhões de usinas de GD em todo Brasil. Foto: Losango Energia Solar

O Brasil celebra a chegada do Dia do Consumidor nesta sexta-feira (15), com três importantes classes de consumo que se beneficiam da energia solar próximos de atingir marcas simbólicas e relevantes no segmento de micro e minigeração distribuída. 

Segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), os empreendimentos comerciais, rurais e do setor industrial com sistemas fotovoltaicos atingirão nos próximos dias as marcas de 8 GW, 4 GW e 2 GW de potência em GD (geração distribuída).

Somando todo esse volume às demais classes de consumo – como a residencial e os imóveis de responsabilidade do Poder Público – a geração própria de energia por meio de conexões fotovoltaicas, já soma quase 28 GW no país. 

Atualmente, a energia solar também conta com 2,45 milhões de usinas de microgeração e minigeração distribuídas em todo o território nacional e que juntas beneficiam mais de 3,5 milhões de UCs (unidades consumidoras). 

A evolução da GD solar no Brasil passa, principalmente, pelos benefícios oferecidos por essa modalidade, em diferentes aspectos. Para os consumidores, o segmento se tornou uma alternativa para garantir previsibilidade e redução de custos na conta de luz, além de contribuir para a transição energética. 

Já em relação ao sistema elétrico nacional, a geração própria de energia solar ajuda a reduzir os custos de transmissão e de distribuição e contribui para a segurança do sistema, além de utilizar fontes renováveis e que ajudam a descarbonizar o planeta. 

Para celebrar o crescimento do setor no país, em especial da geração distribuída no Dia do Consumidor, o Canal Solar traz cinco cases de pessoas e empresas de diferentes classes de consumo que aderiram aos benefícios da energia solar e que mostram as multifacetas da tecnologia no mercado.  

Energia solar turbina casa sustentável

Sistema conta com 12 módulos fotovoltaicos de 335 W. Foto: Arquivo Pessoal

Na cidade de Curitiba (PR), um projeto de energia solar que entrou em operação em março de 2019 e se pagou ajudou um casal de moradores do bairro de Pinheirinho a deixar sua residência ainda mais sustentável. 

O kit gerador foi adquirido na Aldo Solar por um cliente entusiasta do meio ambiente e que já havia acoplado na casa um sistema de aquecimento da água com placa de cobre e boiler antes de instalar o sistema fotovoltaico.

A água aquecida através do sol é utilizada por ele nos chuveiros, torneiras do banheiro e cozinha, dispensando a necessidade de torneiras elétricas e economizando energia no momento do banho.

O próximo passo foi instalar a energia solar. Para isso, foi feita uma conexão composta por um inversor monofásico da SMA de 3 kW e 12 módulos fotovoltaicos de 335 W da BYD, totalizando 4,02 kWp.

O cliente tinha, na época, um consumo em torno de 500 kWh e o sistema gerou, em média, cerca de 350 kWh ao longo dos cinco anos instalados.

O sistema foi dimensionado via software para posicionar os módulos no melhor local do telhado e onde não haveria sombras do muro do vizinho e da parede do sobrado, já que os módulos foram instalados no telhado de trás.

O investimento, à vista, foi de R$ 17 mil reais. Hoje, a fatura do cliente gira em torno de R$ 150,00 e, depois do retorno do investimento, agora a residência conta com dois aparelhos de ar-condicionado, um na sala e outro no quarto para amenizar o calor.

Supermercado: até os sócios se beneficiam da fonte

Energia solar alimenta 3 unidades do supermercado. Foto: Losango Energia Solar

Há mais de seis anos, a rede Supermercados Faria decidiu aderir aos benefícios da fonte solar, com a instalação de duas usinas de 110 kWp para alimentar as três unidades comerciais da marca, localizadas no interior de Minas Gerais.  

O projeto, instalado pela Losango Energia Solar, foi suficiente não só para atender a demanda dos empreendimentos como também foi projetada para que os excedentes de crédito de energia pudessem ser utilizados nas residências de cada um dos cinco sócios da empresa. 

Heberton Caetano, um dos proprietários do Supermercado Faria, destaca que – com a economia financeira obtida pelas usinas solares – foi possível realizar melhorias estruturais nos estabelecimentos da rede, como a ampliação das câmaras frias, por exemplo.  

Hoje, com a ampliação das unidades, Caetano explica que a geração atual de energia já não está sendo mais suficiente para atender a demanda da empresa. Por isso, ele explica que ele e os demais sócios já negociam a instalação de um sistema híbrido com armazenamento.

A utilização do sistema com baterias tem como objetivo não só atender a nova demanda dos empreendimentos, como também de garantir que as cargas prioritárias dos supermercados irão funcionar quando houver quedas na rede da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais). 

Fazenda dobra produção de soja com energia solar

Fazenda da Madrugada dobrou produção de soja com a instalação solar. Foto: JA Solar

No município de Jaborandi (BA), a Fazenda da Madrugada aderiu ao uso da energia solar para melhorar o processo de irrigação de grãos e conseguiu dobrar a produção de soja com a instalação de três usinas fotovoltaicas.

Com investimentos de R$ 3,4 milhões, a propriedade instalou dois pivôs de irrigação e um poço artesiano para abastecimento de reservatório de água, aumentando a produtividade no local com uma colheita a mais por ano.

O projeto foi realizado pela empresa CGR Energia, com equipamentos pela distribuidora WIN Solar, incluindo painéis bifaciais da JA Solar de 540 W e inversor de bombeamento off-grid, num total de 769 kWp.

As tecnologias permitiram a produção de energia solar a partir da captação da irradiação direta e da irradiação refletida pelo solo. 

Mesmo que nenhuma das três plantas esteja conectada à rede elétrica da concessionária, a usina garante a utilização das bombas por até dez horas diárias, apenas com os raios solares.

Indústria: conta de luz cai de R$ 7 mil para R$ 300,00

Sistema de 43,68 kWp foi instalado no teto da indústria. Foto: Ecotop Energia Renovável

A empresa de produtos naturais do segmento farmacêutico, Natural Ervas Produtos Naturais, instalada em Cachoeira de Itapemirim (ES), está há apenas quatro meses utilizando energia solar em suas operações, mas já vê a diferença na conta de energia no fim do mês.

A empresa conta com um sistema instalado de 43,68 kWp no teto da indústria. O fornecimento de energia elétrica é de 5.000 kWh por mês e o projeto foi desenvolvido pela Ecotop Energia Renovável. 

Osmar Silva, o proprietário da companhia, conta que investir em uma planta fotovoltaica para o seu negócio foi a melhor escolha que ele já fez, uma vez que a conta de luz caiu de R$ 7 mil para caiu de R$ 300 por mês. 

A economia foi tão substancial que o empresário disse que vai fazer a instalação de uma nova usina de energia solar para a nova unidade da empresa.

“As pessoas não têm noção da economia da energia solar. É um investimento que vale a pena. Você pode fazer a sua planta parcelada ou à vista e, em qualquer situação, o retorno do investimento é muito rápido”, comentou ele. 

Achou mesmo que os políticos ficariam de fora?

Foram investidos R$ 1,48 milhão no projeto. Foto: Câmara de Paulínia

A Câmara Municipal de Paulínia (SP) recebeu a instalação de um carport, que entrou em operação em dezembro de 2022. O projeto foi construído na cobertura do estacionamento da sede legislativa. 

No total, foram investidos R$ 1,48 milhão no projeto, que possui 292 módulos fotovoltaicos de 550 W da XPower e dois inversores de 100 kWp cada. O payback estimado é de aproximadamente seis anos. 

Com a usina solar, que gerou 352,21 MWh até fevereiro de 2024, a Casa Legislativa obteve uma economia de 50% na conta mensal de energia. 

Antes de aderir aos benefícios da fonte solar, a Câmara gastava R$ 16 mil por mês com energia elétrica e, atualmente, a média é de R$ 8 mil.

“Promover a sustentabilidade e racionalizar os recursos públicos são pilares da gestão da Câmara Municipal de Paulínia, ao lado da transparência e da meta de oferecer serviço de excelência à população”, disse Edilsinho Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Paulínia.

Fonte: Câmara de Paulínia/Reprodução


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Henrique Hein

Henrique Hein

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter do Jornal Correio Popular e da Rádio Trianon. Acompanha o setor elétrico brasileiro pelo Canal Solar desde fevereiro de 2021, possuindo experiência na mediação de lives e na produção de reportagens e conteúdos audiovisuais.

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