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Dois novos inversores serão lançados em 2021 no Brasil

Infelizmente, devido à pandemia, tivemos que atrasar o lançamento do produto no mercado
4 minuto(s) de leitura

O gerente de energia fotovoltaica da Fronius do Brasil, Alexandre Borin, anunciou no Papo Solar, podcast realizado pelo Canal Solar, que a empresa irá lançar, no primeiro trimestre de 2021, dois novos inversores no país: o Tauro, desenvolvido para áreas externas desprotegidas – com foco para projetos de usinas solares maiores que 1 MW – e o GEN24, inversor híbrido com potência de reserva integrada.

Segundo Borin, o Tauro é um inversor comercial para altos rendimentos, mesmo sob condições ambientais extremas como calor, frio ou poeira. O design é flexível e minimiza os custos de BOS (Balanço do Sistema). Além disso, possui uma tampa frontal de parede dupla e resfriamento ativo, o que possibilita que seja colocado sob a luz solar direta, garantindo o rendimento contínuo.

“Infelizmente, devido à pandemia, tivemos que atrasar o lançamento do produto no mercado. Ele estava previsto para o segundo semestre deste ano, mas iremos comercializá-lo no começo do ano que vem. A Fronius está desenvolvendo esse produto há cerca de três anos para, justamente, lançá-lo com a maior qualidade e robustez possível, sempre visando o menor índice de falha e melhor serviço pós-venda. Sem dúvida, o Tauro vai ser um sucesso de vendas no Brasil e no mundo”, disse o executivo.

De acordo com ele, o Brasil é um dos mercados que mais demandam esse tipo de inversor, por conta, principalmente, da geração remota, que se desenvolveu bastante de 2019 para 2020.

Já o modelo híbrido GEN24 possui dispositivos que podem ser monofásicos ou trifásicos e conta com uma reserva básica de rede integrada – um soquete que é fornecido com energia durante períodos de falta de energia – que garante que os consumidores possam continuar a operar mesmo sem bateria.

“Na Europa, o GEN24 está sendo lançado agora no segundo semestre. Ele já tem uma série de melhoramentos no hardware e software, por exemplo. Portanto, temos esse produto pronto para a evolução no mercado”, comentou o especialista, ressaltando que os sistemas híbridos são a evolução dos sistemas fotovoltaicos no Brasil.

Mercado de Inversores

De acordo Alexandre Borin, o inversor é o cérebro do sistema fotovoltaico. “Todo o gerenciamento de cargas, de armazenamento, de injeção de energia na rede, tudo isso vai ser feito dentro do inversor. Com o passar dos anos, é importante que os inversores estejam preparados para as mudanças que vão ocorrer”.

O executivo destacou ainda que o mercado fotovoltaico brasileiro sairá desse atual cenário, de gerar energia e injetar na rede, para um sistema onde consegue-se trabalhar as cargas de uma forma mais inteligente. “Ou seja, você vai primeiro dimensionar a produção da sua energia, não só para injetar na rede, mas para alimentar as suas próprias cargas”, explicou.

Setor de energia solar cresce no Brasil

Para o gerente de energia fotovoltaica da Fronius do Brasil, o mercado solar brasileiro está se desenvolvendo muito rápido. “Um segmento que cresce 300% ao ano é algo raro de se encontrar hoje. São poucos os países que tem apresentado um crescimento tão acelerado como o Brasil, isso em função da atratividade que o negócio representa aqui no país. Temos um retorno de investimento muito rápido, especialmente na geração distribuída – entre três e cinco anos. Então, para um gerador fotovoltaico que vai durar quase 20 anos, o retorno é fantástico”, destacou.

Ele ressalta que, devido à pandemia de coronavírus, o mercado experimentou uma certa retração, porém, no mês de junho, o setor já começou a mostrar uma recuperação. “Pelo menos para a Fronius foi assim. Hoje, a solar é a energia mais democrática possível. Qualquer pessoa pode se tornar um produtor da própria energia, basta ter uma área livre para poder ficar exposta ao sol, seja um telhado ou algum terreno. O Brasil tem um potencial enorme, um índice solarimétrico muito superior a outros mercados”.

Futuro

Segundo o executivo, a energia solar é a fonte do futuro. “Existe um movimento natural, nas próximas décadas, de descentralização do sistema elétrico. Então, a solar vem muito de encontro a esse movimento de descentralização, de diminuir o tamanho das usinas. Não faz mais sentido produzir usinas tão grandes, como a de Itaipu, por conta do custo”, concluiu.

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Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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