Dados da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) apontam que no fim de 2020 o Brasil tinha mais de 200 localidades não conectadas ao SIN (Sistema Interligado Nacional).
Para estas regiões onde o acesso à energia elétrica é precário ou inexistente um sistema off-grid é uma ótima solução. Este tipo de solução tem sido aplicado em diversos locais como fazendas, ilhas, indústrias, comércios, torres de telecomunicação e residências.
Esta abertura de mercado tem atraído diversas marcas de baterias para o país, entre elas a Dyness. A empresa atua com foco na pesquisa e fabricação de solução de armazenamento de energia de bateria de fosfato de lítio ferro.
Atualmente, possui duas fábricas de produção na China, localizadas nas duas cidades de Yangzhou e Taizhou, ambas na província de Jiangsu, a leste. Além disso, a Dyness tem dois centros de P&D (pesquisa e desenvolvimento), instalados na cidade de Xi’an, província de Shanxi, e na cidade de Yangzhou, província de Jiangsu.
O centro de P&D de Xi’an se concentra principalmente na pesquisa e no desenvolvimento de materiais para baterias. Enquanto o centro de Yangzhou se tem foco em P&D de dispositivos de bateria. As fábricas de produção estão da China. Com forte capacidade de P&D e capacidade de produção, as soluções de energia da Dyness já atenderam mais de 50 mil projetos na Europa, Oceania, África, Ásia e América Latina.
Sistema off-grid em comunidade indígena
No Brasil, diversos projetos fora da rede foram instalados utilizando a solução da Dyness por meio de uma parceria com a distribuidora Aldo. Um destes projetos foi um sistema fotovoltaico off-grid de 7.035 kWp para abastecer a UBS (Unidade Básica de Saúde) da aldeia indígena Avá- Canoeiro, na região de Minaçu (GO).
A implantação da usina solar foi viabilizada pela TAESA (Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.) por compensação ambiental e fiscalizada pela Funai (Fundação Nacional do Índio). A planta foi instalada pela empresa de engenharia elétrica Fonte Solar no modelo carport, que funciona como um estacionamento seguro para a pick-up da Funai.
Ao total, são 24 módulos fotovoltaicos de 335 Wp, um controlador de carga 100A, dois inversores Growatt de 5 KVA e duas baterias Dyness de 14,4 kWh. O investimento total foi de R$ 95 mil. “Todo o projeto foi um grande desafio. Não só para levar os equipamentos para uma área remota, mas também para convencer a tribo toda de que aquele equipamento traria benefícios concretos à aldeia”, conta Natália Maestá, engenheira eletricista e CEO da Fonte Solar.
“Foi extremamente gratificante trabalharmos neste projeto, levando energia limpa e sustentável, além de contribuir para a saúde e perpetuação de um povo tão guerreiro”, acrescentou Natália. O sistema fotovoltaico deve garantir energia para o atendimento da UBS na aldeia indígena, sendo capaz de conservar medicamentos e vacinas refrigerados. Ainda de acordo com a engenheira, o sistema é gerenciado remotamente, o que permite a operação do posto de saúde e o atendimento de saúde aos índios 24 horas.