Energia renovável cresce na OCDE, mas carvão volta a ganhar espaço

Produção de energia limpa, que inclui solar, eólica e hidrelétrica, somou 358,7 TWh no mês, alta de 4,5%
Fonte: Canva

A geração de eletricidade a partir de fontes renováveis voltou a crescer entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) em março de 2025, confirmando uma tendência de recuperação após oscilações em anos anteriores. 

De acordo com dados divulgados pela IEA (Agência Internacional de Energia), a produção de energia limpa, que inclui solar, eólica e hidrelétrica, somou 358,7 TWh no mês, alta de 4,5% na comparação com março de 2024. 

O avanço foi puxado principalmente pela expansão da energia solar, que aumentou 28,8% em um ano, o equivalente a 18,9 TWh adicionais. Por outro lado, os combustíveis fósseis continuam respondendo por uma parcela significativa da matriz elétrica da OCDE. 

Em março, essas fontes foram responsáveis por 392,9 TWh, ou 43,2% da geração total, com leve aumento de 1,2% na comparação anual. O dado chama atenção especialmente pelo crescimento do uso do carvão, que avançou 8,7% (mais 10,7 TWh), compensando a retração observada no uso do gás natural, cuja geração caiu 2,6%.

A queda na produção hidrelétrica, de 6,6% (ou -8,8 TWh), impediu um desempenho ainda melhor das renováveis. O recuo foi mais acentuado na Europa, com destaque para França, Itália, Suíça e Turquia – países que enfrentaram condições climáticas menos favoráveis para a geração hídrica. 

Mesmo assim, o crescimento da energia solar e o aumento discreto da geração eólica (+3,1%, +3,5 TWh) contribuíram para manter a trajetória positiva da geração limpa. 

O setor nuclear também registrou alta de 4,8% (mais 7,0 TWh), com destaque para o desempenho das usinas na Europa e na Ásia-Oceania. No acumulado do primeiro trimestre, a produção nuclear cresceu 16,5% na Ásia-Oceania, sinalizando maior investimento na diversificação da matriz energética na região.

Já no caso do carvão, o aumento da geração teve como principais protagonistas os Estados Unidos, com crescimento de 27,3% (+11,1 TWh), e a Alemanha, com alta de 16,9% (+1,6 TWh). 

O crescimento reflete, em parte, fatores conjunturais como maior demanda por segurança energética e condições climáticas específicas, mas também acende um alerta sobre a resiliência de fontes mais poluentes em momentos de pressão sobre o sistema.

No total, a geração líquida de eletricidade nos países da OCDE alcançou 908,7 TWh em março, crescimento de 3,1% na comparação anual. No acumulado do ano, o avanço foi de 3,5%.

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Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

Uma resposta

  1. Parabéns pela reportagem Wagner.
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