Energia solar atinge 20 GW de capacidade operacional no Brasil

Volume de potência dobrou de tamanho no país em menos de 14 meses, segundo dados da ANEEL
Energia solar atinge 20 GW de capacidade operacional no Brasil
Grandes usinas solares já correspondem por 3,52% da matriz. Foto: Lucas Valosio Rebelo

O Brasil acaba de atingir, nesta quarta-feira (05), a marca de 20 GW de capacidade operacional em usinas de energia solar fotovoltaica, somando os segmentos de geração distribuída (13,478 GW) e centralizada (6,523 GW), segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Os números mostram que a marca foi alcançada em razão do crescimento acelerado de ambos os segmentos em 2022, com os sistemas de micro e minigeração solar se destacando um pouco mais em relação às grandes usinas fotovoltaicas.

Em pouco mais de um ano, o país dobrou a sua potência instalada, saltando de 10 GW em 20 de agosto de 2021 para os atuais 20 GW.

Somente neste ano, a GD solar registrou aumento de 46,5% em sua potência instalada, saltando de 9,2 GW em 1º de janeiro para os atuais 13,48 GW. Nos últimos três meses, foram mais de 1,29 GW acrescidos.

A modalidade também contabiliza mais de 1,28 milhão de sistemas fotovoltaicos instalados em todo país desde o início da expansão da fonte, um aumento superior a 87% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando havia apenas 686 mil unidades instaladas.

Já o segmento de GC solar contabilizou mais de 40% de crescimento no ano: subindo de 4,63 GW a 6,52 GW de potência operacional. Nos últimos 30 dias, foram mais de 1 GW acrescidos ao SIN (Sistema Interligado Nacional).

Além das usinas em operação, o Brasil também conta com outros 4,78 GW em empreendimentos com construção iniciada e 60,4 GW em projetos com construção não iniciada. Atualmente, as grandes usinas fotovoltaicas já correspondem por 3,52% da matriz energética nacional, segundo a ANEEL.

Benefícios

Segundo Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), “a evolução da matriz solar é essencial para o Brasil, pois estamos falando de uma fonte limpa e renovável”.

“Nesse contexto, vale destacar a GD, ou geração própria de energia, que responde por cerca de 2/3 da potência instalada dessa fonte no Brasil. Como consequência, a matriz solar alcançou a terceira posição entre as principais fontes de energia no País, com chances reais de alcançar, em breve, a segunda posição, ocupada hoje pela energia eólica”, acrescentou.

“Grande parte dessa evolução se deve à geração distribuída, modalidade de energia que mais acrescentou potência instalada ao sistema de energia nos últimos dois anos. A GD deve terminar 2022 com o dobro da potência em relação a dezembro de 2021”, destacou.

“Nenhuma outra modalidade cresce tão rápido quanto a GD no Brasil. Vale destacar, ainda, que 85% desta potência é proveniente da microgeração, o que comprova que a GD é também a modalidade mais democrática entre todas as fontes”, concluiu.

Conforme dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o setor fotovoltaico já trouxe ao país mais de R$ 97,8 bilhões em novos investimentos e R$ 26,5 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.

A fonte também já foi responsável pela criação de mais de 559,6 mil empregos acumulados e por evitar a emissão de mais de 27 toneladas de gás carbônico na atmosfera nos últimos dez anos. Em 2021, o Brasil foi o sexto país com mais postos de trabalho criados, ficando à frente de líderes históricos do setor, como Alemanha e Reino Unido.

Imagem de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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