O Brasil acaba de atingir, nesta quarta-feira (05), a marca de 20 GW de capacidade operacional em usinas de energia solar fotovoltaica, somando os segmentos de geração distribuída (13,478 GW) e centralizada (6,523 GW), segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Os números mostram que a marca foi alcançada em razão do crescimento acelerado de ambos os segmentos em 2022, com os sistemas de micro e minigeração solar se destacando um pouco mais em relação às grandes usinas fotovoltaicas.
Em pouco mais de um ano, o país dobrou a sua potência instalada, saltando de 10 GW em 20 de agosto de 2021 para os atuais 20 GW.
Somente neste ano, a GD solar registrou aumento de 46,5% em sua potência instalada, saltando de 9,2 GW em 1º de janeiro para os atuais 13,48 GW. Nos últimos três meses, foram mais de 1,29 GW acrescidos.
A modalidade também contabiliza mais de 1,28 milhão de sistemas fotovoltaicos instalados em todo país desde o início da expansão da fonte, um aumento superior a 87% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando havia apenas 686 mil unidades instaladas.
Já o segmento de GC solar contabilizou mais de 40% de crescimento no ano: subindo de 4,63 GW a 6,52 GW de potência operacional. Nos últimos 30 dias, foram mais de 1 GW acrescidos ao SIN (Sistema Interligado Nacional).
Além das usinas em operação, o Brasil também conta com outros 4,78 GW em empreendimentos com construção iniciada e 60,4 GW em projetos com construção não iniciada. Atualmente, as grandes usinas fotovoltaicas já correspondem por 3,52% da matriz energética nacional, segundo a ANEEL.
Benefícios
Segundo Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), “a evolução da matriz solar é essencial para o Brasil, pois estamos falando de uma fonte limpa e renovável”.
“Nesse contexto, vale destacar a GD, ou geração própria de energia, que responde por cerca de 2/3 da potência instalada dessa fonte no Brasil. Como consequência, a matriz solar alcançou a terceira posição entre as principais fontes de energia no País, com chances reais de alcançar, em breve, a segunda posição, ocupada hoje pela energia eólica”, acrescentou.
“Grande parte dessa evolução se deve à geração distribuída, modalidade de energia que mais acrescentou potência instalada ao sistema de energia nos últimos dois anos. A GD deve terminar 2022 com o dobro da potência em relação a dezembro de 2021”, destacou.
“Nenhuma outra modalidade cresce tão rápido quanto a GD no Brasil. Vale destacar, ainda, que 85% desta potência é proveniente da microgeração, o que comprova que a GD é também a modalidade mais democrática entre todas as fontes”, concluiu.
Conforme dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o setor fotovoltaico já trouxe ao país mais de R$ 97,8 bilhões em novos investimentos e R$ 26,5 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.
A fonte também já foi responsável pela criação de mais de 559,6 mil empregos acumulados e por evitar a emissão de mais de 27 toneladas de gás carbônico na atmosfera nos últimos dez anos. Em 2021, o Brasil foi o sexto país com mais postos de trabalho criados, ficando à frente de líderes históricos do setor, como Alemanha e Reino Unido.