Energia solar evitou 673 mil toneladas de CO2 por GW instalado em 2023

Fonte adicionou 4,9 GW de potência instalada e deixou de emitir 3,3 milhões de toneladas de carbono no 1º quadrimestre
3 minuto(s) de leitura
Energia solar evitou 673 mil toneladas de CO2 por GW instalado em 2023
Mais de 36,7 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser emitidos no Brasil pela energia solar desde 2012. Foto: Freepik

A energia solar adicionou cerca de 4,9 GW de potência instalada no Brasil no primeiro quadrimestre do ano, somando as usinas de geração própria e os empreendimentos de geração centralizada. 

Tal volume fez com que o país deixasse de emitir 3,3 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera – uma média de 673,4 mil toneladas por GW instalado nos primeiros quatro meses de 2023.

Os dados foram apurados pela reportagem do Canal Solar, com base em análises feitas a partir de informações presentes nos relatórios públicos e mensais da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Desde 2012, mais de 36,7 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser emitidos pela fonte no Brasil. Recentemente, o país foi considerado a oitava potência mundial na produção de energia solar, ficando à frente de potências mundiais como Espanha, Grã-Bretanha e França. 

“O crescimento da fonte solar fortalece a sustentabilidade e pode acelerar ainda mais a atração de investimentos, a geração de empregos e renda, a diversificação da matriz elétrica e a liderança internacional do Brasil”, comentou Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.

Outros benefícios

Segundo a ABSOLAR, desde 2012 a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 143,9 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 42,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 870 mil empregos acumulados. 

Deste montante, somente entre os meses de janeiro e abril deste ano, foram contabilizados pela fonte R$ 18,8 bilhões em novos investimentos, mais de 4,5 bilhões em arrecadação para os cofres públicos e gerados 148,8 mil novos postos de trabalho. 

Atualmente, o Brasil conta com mais de 29,3 GW de capacidade operacional em energia solar, sendo 20,74 GW provenientes de sistemas de geração distribuída e outros 8,62 GW de usinas centralizadas. Trata-se de um volume quase duas vezes maior do que em relação ao mesmo período de 2022, quando havia 15 GW no país. 

Hidrogênio verde

Ainda de acordo com a ABSOLAR, o crescimento da energia solar também abre a possibilidade do Brasil produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo e desenvolver novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e os veículos elétricos. 

Segundo Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, existe uma grande probabilidade de o Brasil ter matriz elétrica inteira destinada à produção do hidrogênio verde até 2040.  

“Para tanto, o país deverá receber cerca de US$ 200 bilhões em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos, armazenagem”, disse o executivo. 

Imagem de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba as últimas notícias

Assine nosso boletim informativo semanal