ENGIE Brasil irá investir R$ 8,5 bilhões em projetos de energia

Companhia encerrou o ano de 2024 com o maior volume de investimentos de sua história, que totalizou R$ 9,7 bilhões
ENGIE Brasil irá investir R$ 8,5 bilhões em projetos de energia
Em 2024, a empresa adicionou 1,2 GW à capacidade instalada própria, somando 9,6 GW de energia 100% renovável. Foto: Freepik

A ENGIE Brasil Energia anunciou que investirá mais de R$ 8,5 bilhões entre 2025 e 2027, dando continuidade à sua estratégia de expansão em energia renovável e infraestrutura de transmissão.

“Nosso planejamento estratégico de longo prazo, aliado à gestão eficiente de um portfólio diversificado e à precificação adequada dos riscos, proporciona estabilidade e previsibilidade aos nossos resultados”, comenta Eduardo Sattamini, diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia.

ENGIE Brasil irá investir R$ 8,5 bilhões em projetos de energia
Imagem: ENGIE/Divulgação

Marco em 2024

A companhia informou ainda que finalizou o ano de 2024 com R$ 9,7 bilhões, o maior volume de investimentos de sua história. Segundo a ENGIE, a maior parte dos recursos foi destinada a usinas solares e eólicas e sistemas de transmissão.

Ainda nos resultados financeiros, a ENGIE viu sua receita operacional líquida ultrapassar os R$ 11,2 bilhões em 2024, uma alta de 4,4%, na comparação com o valor apurado no ano anterior.

De acordo com a empresa, este aumento se deu, principalmente, à entrada em operação de projetos em implementação – os conjuntos eólicos Serra do Assuruá (BA) e Santo Agostinho (RN) e o conjunto fotovoltaico Assú Sol (RN) – bem como à aquisição de ativos renováveis já operacionais, que mais que compensaram os desinvestimentos realizados ao longo de 2023.

O Ebitda* registrado, por sua vez, ao considerar os efeitos do desinvestimento parcial da participação na Transportadora Associada de Gás S.A.– TAG, alcançou R$ 8,7 bilhões, um crescimento de 20,2% em comparação a 2023. Segundo a ENGIE, sem esse efeito não recorrente, o Ebitda ajustado foi 1,3% superior ao ano anterior.

Já o lucro líquido registrado em 2024, foi de R$ 4,3 bilhões, um aumento de 25,5% em comparação com o ano anterior, considerando os efeitos do desinvestimento mencionado.

Sem considerar esses impactos, o lucro líquido ajustado recuou em 1,4%, devido, principalmente, ao aumento das despesas com depreciação e amortização relacionados às novas usinas que ingressaram no portfólio da companhia.

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Imagem: ENGIE/Divulgação

Outro marco em 2024 foi a expansão das operações da empresa. Ao total, 1,2 GW foram adicionados à capacidade instalada própria, somando 9,6 GW de energia 100% renovável, distribuída em 115 usinas no país.

Além da consolidação da operação integral do conjunto eólico Santo Agostinho e da aquisição de ativos fotovoltaicos que já estão em operação, o início das operações comerciais do conjunto eólico Serra do Assuruá foi antecipado, operacionalizando mais da metade de sua capacidade instalada, que atingirá 846 MW. Em paralelo, a ENGIE iniciou os testes operacionais do conjunto fotovoltaico Assú Sol, que adicionará 752 MW ao seu parque gerador em 2025.

“Também avançamos na área de transmissão com o arremate do principal lote do segundo leilão promovido pela ANEEL em 2024. No certame, conquistamos o Sistema de Transmissão Graúna, que deve reforçar os subsistemas Sul e Sudeste/Centro-oeste do país, com 780 quilômetros de extensão, sendo o quinto projeto de transmissão a ser implantado pela Companhia desde que ingressamos no segmento”, pontua Eduardo Takamori, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da ENGIE Brasil Energia.

Ao todo, a Companhia possui hoje 2.710 quilômetros de linhas em operação e outros mil quilômetros do projeto Asa Branca em implantação.

Mercado livre e comercialização

No Mercado Livre de Energia, a ENGIE registrou um aumento de 32% na quantidade de clientes. O montante total de energia vendida em 2024 chegou aos 36.064 GWh (4.106 MW médios), sem considerar as operações de trading. Esse volume é 0,4% superior ao comercializado no ano de 2023.

Conquistas ESG

Em 2024, a companhia foi anunciada como uma das empresas mais sustentáveis do mundo durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, ao ser incluída no ranking Global 100 da Corporate Knights.

Além disso, passou a integrar o Dow Jones Best-in-Class Emerging Markets, um dos índices mais relevantes do mundo sobre sustentabilidade. E figurou entre as seis empresas do setor de energia líderes em sustentabilidade no mundo, estando no Top 5% no setor Electric Utilities do Sustainability Yearbook, que considera as notas da Avaliação Global de Sustentabilidade Corporativa (CSA) da S&P Global.

Outra conquista relevante foi a premiação do Programa de Descarbonização dos Fornecedores, que recebeu o Prêmio do Pacto Global Rede Brasil (ONU), na categoria “Guardiões Pelo Clima”, durante a 29ª Conferência do Clima (COP 29).

O programa inclui diagnósticos, treinamentos e acesso às oportunidades de transição para uma economia de baixo carbono em toda a cadeia de valor da Companhia.

“Estes reconhecimentos são resultados da constante evolução nas nossas políticas, processos e iniciativas com foco na sustentabilidade. Em um contexto global de maior complexidade, em 2024, comprovamos nossa resiliência e disciplina financeira, além de realizarmos o maior volume de investimentos da nossa história, contribuindo com a transição energética e reafirmando o nosso compromisso de longo prazo com o país”, conclui Sattamini.


* EBITDA é uma sigla em inglês formada pelas seguintes palavras Earnings Before Interest Rates, Taxes, Depreciation and Amortization. Na tradução literal, ficaria Lucro antes dos Juros, Imposto de Renda, Depreciação e Amortização. Na prática, o EBITDA de uma empresa permite aos investidores saberem o quanto a empresa gera de caixa considerando apenas as suas atividades operacionais.

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Ericka Araújo
Líder de Comunicação do Canal Solar. Host do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado de energias renováveis. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

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