Fabricantes de equipamentos de energia solar apostam na retomada e aumentam capacidade fabril

A demanda por nossos inversores Solis ​​levou esse esforço para dobrarmos nossa capacidade
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Mesmo em meio à pandemia de coronavírus, o mercado de energia fotovoltaica segue aquecido e as empresas estão aumentando cada vez mais a capacidade fabril. A Solis, fabricante de inversores string, deve dobrar a sua capacidade de produção para 20 GW por ano, e a Solar Group, fabricante de estruturas de fixação de módulos fotovoltaicos, vai investir R$ 19 milhões em uma nova planta que será construída no estado de São Paulo.

No caso da Solis, por exemplo, ela anunciou planos de levantar mais de US$ 100 milhões, através de uma oferta não pública para financiar a expansão de sua capacidade de fabricação. Esse acréscimo permitirá que a empresa aumente sua oferta para projetos de armazenamento solar e para clientes em todo o mundo.

“A demanda por nossos inversores Solis ​​levou esse esforço para dobrarmos nossa capacidade. Estamos vendo um aumento na demanda por inversores string em relação a outras tecnologias devido à sua competitividade em custo e confiabilidade. Essa duplicação de nossa produção representa um marco emocionante para a Solis”, disse Yiming Wang, presidente da Solis.

Segundo a empresa, a expansão permitiria ainda a produção anual de 400 mil conjuntos de inversores de armazenamento de energia e conectados à rede do tipo string. “Além disso, vamos conseguir construir um novo campus corporativo e instalações de P&D e testes, o que adicionará mais de 500 novos empregos à equipe Solis, trazendo novos talentos e ideias para impulsionar a inovação e o crescimento”, acrescentou Wang.

Mais investimentos

Seguindo essa curva de crescimento, a Solar Group também está aumentando a sua capacidade fabril. De acordo com Ronaldo Koloszuk, diretor da empresa, será feito um investimento de R$ 19 milhões em uma nova planta em Santana do Parnaíba, município do estado de São Paulo.

 “Atualmente temos uma planta de seis mil metros quadrados de área produtiva em Itapevi-SP. Agora, vamos inaugurar uma área de 10 mil metros quadrados em Santana do Parnaíba, o que permitirá que quadrupliquemos a nossa produção para continuar atendendo bem o setor”, afirma Koloszuk.

De acordo com ele, a empresa está fazendo esse investimento poque acreditam que o mercado vai continuar apresentando um crescimento. “A Solar Group crê que o setor solar no Brasil e no mundo vai ter forte expansão nas próximas décadas. Todas as consultorias, como a BloombergNEF, que fazem previsões, apontam para isso. Nesse momento o mercado fotovoltaico está pausado, assim como todos os outros, por conta da economia. Depois disso, vai seguir se expandindo nos próximos anos”.

Ainda segundo Koloszuk, a Solar Group deve bater 1 GW de estruturas vendidas no Brasil. “Nossa premissa é o atendimento ao integrador e distribuidor. Entendemos que o atendimento técnico e a entrega rápida são muito importantes. Resolvemos fazer uma expansão grande, pois estamos bem estruturados para essa retomada e sempre atendendo com agilidade nossos clientes”, concluiu.

 

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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