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Fonte solar lidera projetos no Leilão de Energia Nova A-5

Segundo mapeamento realizado pela ABSOLAR, 835 projetos solares foram cadastrados

Autor: 21 de setembro de 2021Brasil
3 minutos de leitura
Fonte solar lidera projetos no Leilão de Energia Nova A-5

Segundo mapeamento realizado pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), os projetos de grandes usinas solares cadastrados no LEN (Leilão de Energia Nova) A-5 de 2021 lideram a oferta disponível para contratação pelo Governo Federal, respondendo por cerca de 35% de toda a potência disponível.

A expectativa da entidade é de que a energia fotovoltaica seja a mais contratada no certame, com os menores preços-médios entre todas as fontes, ajudando a reduzir a conta de luz dos brasileiros.

O leilão, marcado para o dia 30 de setembro, contará com a participação de empreendimentos solares, eólicos, hidrelétricos e termelétricos a biomassa. Ao total, foram cadastrados 1.694 projetos, totalizando 93,8 GW – o equivalente a mais da metade da potência atual da matriz elétrica brasileira.

Entre os destaques, está a fonte fotovoltaica, com o cadastro de 835 projetos, totalizando 32,4 GW de potência. O Nordeste foi a região com mais empreendimentos cadastros, sobretudo solares e eólicos, liderado pela Bahia com 498 projetos, totalizando 16,9 GW.

Para Anderson Garofalo, vice-presidente de Geração Centralizada da ABSOLAR, a solar é uma das melhores soluções para a expansão da capacidade de geração de energia elétrica renovável do Brasil, especialmente neste período crítico de crise hídrica, nova bandeira tarifária e importação de energia. 

“Com a versatilidade e agilidade da tecnologia solar, uma usina fotovoltaica de grande porte fica operacional em menos de 18 meses, desde o leilão até o início da geração de eletricidade. A solar é reconhecidamente campeã na rapidez de novas usinas de geração”, destacou. “Por isso, se os leilões cancelados no passado recente tivessem contratado energia fotovoltaica, o cenário atual estaria menos crítico”, acrescentou. 

Leia mais: Energia solar cresce 40% no ano e ultrapassa carvão mineral

De acordo com Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, a situação crítica de escassez hídrica, com elevados reajustes tarifários na conta de luz, reforça o papel estratégico da solar como parte da solução para diversificar e fortalecer o suprimento de eletricidade no país, fundamental para a retomada do crescimento econômico nacional.

“As grandes usinas fotovoltaicas geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente – duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, esclareceu. 

“Diante da crise e da nova bandeira de escassez hídrica é fundamental que o Governo Federal acelere a energia solar no Brasil para diversificar a matriz elétrica e baratear a energia para a população e os setores produtivos”, concluiu Sauaia.

Mais dados

Em 2019, a solar foi a fonte mais competitiva entre as renováveis nos dois LEN A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh. Em julho de 2021, repetiu o feito nos LEN A-3 e A-4, com os menores preços-médios dos dois leilões, abaixo dos US$ 26,00/MWh. Com isso, a solar consolidou a posição de fonte renovável mais barata do Brasil, segundo a ABSOLAR.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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