GD remota deve movimentar R$ 10 bi em investimentos nos próximos dois anos

A expectativa é que sejam instalados 3 GW no período, tanto para autoconsumo remoto quanto para GD compartilhada
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Imagem: CGC Energia

A implantação de usinas solares na modalidade de GD Remota deve movimentar R$ 10 bilhões em investimentos nos próximos dois anos. Esse é o montante estimado para viabilizar a construção de 3 GW no período.

Esses e outros dados fazem parte do mais novo Estudo Estratégico de GD Remota, produzido pela Greener, empresa de inteligência de mercado especializada no setor fotovoltaico.

“Embora o mercado esteja indicando crescimento, a viabilização e implementação de novos projetos enfrentam desafios significativos, destacando-se a conexão à rede e o funding como principais barreiras. A aceleração no volume de empreendimentos esbarra em construtores experientes já atuando com capacidade máxima de obras sendo executadas em paralelo, fazendo com que a contratação de EPCistas também seja citada como um grande obstáculo”, escreveu a Greener em nota.

“A despeito dos desafios que se apresentam, e que merecem ser estudados com bastante atenção, a GD Remota vive um momento de aceleração, e os números do estudo revelam um movimento positivo do mercado em resposta à demanda por fontes de energia sustentáveis, reflexo de uma maior conscientização dos consumidores sobre os benefícios econômicos e ambientais da energia solar fotovoltaica”, avalia Marcio Takata, CEO da Greener.

GD remota

A geração distribuída remota acontece quando a usina é instalada em um ponto diferente do local de consumo. Isso permite que os créditos de energia sejam compensados em várias unidades consumidoras desde que sejam de mesma titularidade e na mesma área de concessão da distribuidora local.

Outra modalidade de GD Remota é a GD Compartilhada, que caracteriza-se pela reunião de consumidores por meio de consórcio, cooperativa, condomínio civil ou qualquer outra forma de associação civil, composta por pessoas físicas ou jurídicas. Neste caso, são permitidos titulares diferentes. Os principais beneficiários são empresas do segmento de varejo e de serviços.

Desde que a modalidade foi criada em 2015, com a publicação da Resolução Normativa nº 687 da ANEEL, cerca de 4,2 GW já foram implementados ou estão em construção até setembro deste ano, segundo a pesquisa da Greener.

Imagem de Wagner Freire
Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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