A geração distribuída no Brasil teve uma alta de 77,83% no primeiro semestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado. É o que apontou um levantamento exclusivo feito pelo Canal Solar com base nos dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O crescimento da GD no país vai em contramão do desempenho da economia brasileira, que neste ano deve ter queda do PIB de 6%, segundo projeções do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), subordinado ao Ministério da Economia.
Ainda de acordo com o balanço do Canal Solar, de janeiro a junho de 2019 foram registrados 544.193 kW em potência instalada no país. Já no primeiro semestre deste ano, este número foi de 956.807 kW, uma diferença de 412.614 kW.
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), destaca que este aumento é resultado da confiança do consumidor na energia solar como fonte de investimento.
“A geração distribuída segue crescendo porque o consumidor percebeu que é uma forma de reduzir o custeio e as despesas. A energia fotovoltaica traz autonomia e segurança para o consumidor, seja comercial, industrial ou residencial. Além disso, com a fonte solar, o consumidor não fica a mercê de bandeiras amarelas ou vermelhas e dos aumentos das distribuidoras de energia”, ressalta o executivo.
O levantamento apontou ainda que a região com maior potência instalada no primeiro semestre deste ano no país foi a Sudeste, com 428.840 kW. Em segundo lugar ficou a região Sul, com 200.105 kW, e em terceiro o Nordeste, com 161.746 kW.
Koloszuk enfatiza que o próximo semestre deve superar o crescimento registrado nos seis primeiros meses deste ano. “A tendência de crescimento da geração distribuída fotovoltaica é aumentar no segundo semestre, uma vez que a questão do receio de investir começa a ser superado e as pessoas já enxergam na energia solar fotovoltaica um dos melhores investimentos a se fazer no Brasil”, conclui.