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O Governo de Minas Gerais divulgou, por meio de comunicado oficial, que, no momento, há regiões do estado em que a rede elétrica não possui capacidade técnica de receber novas conexões de empreendimentos fotovoltaicos de minigeração distribuída (entre 75 kW e 5 MW de potência instalada).
O discurso adotado é o mesmo que vem sendo pontuado pela Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) ao longo das últimas semanas. Em quase todo o estado, diversos profissionais estão tendo as solicitações de seus projetos suspensos por um prazo indeterminado pela distribuidora sob a alegação de que há “saturação de rede”.
A concessionária afirma que não tem capacidade de escoamento da energia em parte de suas subestações e que aguarda um comunicado do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) para saber como deve atuar para resolver o problema.
Por conta do suposto problema, o Governo de Minas Gerais orienta o setor a acessar o “Mapa de Disponibilidade de Minigeração” – ferramenta criada para mostrar as áreas de maior e menor saturação de rede no estado.
“Com o Mapa, os interessados em realizar investimentos podem direcioná-los a regiões com disponibilidade imediata ou aguardar que haja disponibilidade em regiões hoje saturadas”, destaca o documento oficial do Governo de Minas.
O executivo pontua ainda que a Cemig está destinando cerca de R$ 18,4 bilhões para melhorias na distribuição de energia e que um dos programas em andamento seria o “Mais Energia”, criado para ampliar de 415 para 615 o número de subestações de energia em todas as regiões do estado até 2027.
“Das 200 subestações, 64 já foram inauguradas. No entanto, as novas subestações de regiões com carga saturada já serão inauguradas sem possibilidade de conexões além das já solicitadas anteriormente, devido ao imenso volume de pedidos”, destaca o Governo do Estado.
Em suas redes sociais, Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), destacou que, caso seja, de fato, comprovada a dificuldade de escoamento na região a solução passa, necessariamente, pela realização de obras estruturais nas áreas de concessão da Cemig.
“Temos realizado diversas reuniões tanto com a Cemig quanto com o Governo de Minas Gerais e demais órgãos. Ao que tudo indica realmente existe um esgotamento de rede de diversas regiões da área de concessão da Cemig”, comentou.
“Particularmente, não vislumbro uma solução a curto prazo. Mas, o consumidor que, obviamente, se sentiu lesado pode procurar o Judiciário. Existem também outras soluções que podem ser adotadas enquanto buscamos a maneira mais célere, mais rápida e mais eficaz ou possível de resolver isso”, ressaltou ela.
