INMETRO suspende certificação de módulos fotovoltaicos comercializados no Brasil

Com a suspensão, módulos desses registros não podem ser comercializados no Brasil
Foto: Canal Solar

Os módulos fotovoltaicos da fabricante Tsun Power com potência de 560 W, 565 W e 570 W, tiveram seus certificados suspensos na empresa DNL Comercio e Serviços Ltda, nesta sexta-feira (31), junto ao INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

A informação consta no portal de consulta do próprio órgão. Os modelos mencionados são:

  • TS560S8B-144;
  • TS560S8B-144NT;
  • TS565S8B-144NT;
  • TS570S8B-144NT.

Segundo o INMETRO, o motivo da suspensão foi “por reprovação em ensaios; suspensão por outros tipos de não conformidades não relacionadas a ensaios ou suspensão abandono/rompimento de contrato”. O órgão ainda acrescentou que tal ato resulta de “irregularidade, fraude ou falsidade nas declarações ou provas documentais”.

Imagem: INMETRO/Reprodução
Imagem: INMETRO/Reprodução
Imagem: INMETRO/Reprodução

Com a suspensão da certificação, os módulos desses registros não podem mais ser comercializados no Brasil, incluindo unidades em estoque.

Fiscalização do INMETRO

Em novembro de 2024, o INMETRO já tinha reprovado o modelo 560 W da Tsun Power, coletado no Mato Grosso, que apresentou potência significativamente inferior à declarada pelo fabricante do produto na etiqueta.

De acordo com o órgão, na época a fiscalização foi motivada pela crescente demanda por equipamentos fotovoltaicos e por denúncias registradas na ouvidoria do INMETRO.

Na ocasião, o engenheiro Márcio André Brito, presidente do INMETRO, informou que a iniciativa buscava garantir que os produtos comercializados no país atendam aos padrões técnicos e regulamentares, reforçando a confiança na adoção da energia solar.

“Desde 2023, o Inmetro vem mapeando o comércio dessas placas no país, o que resultou numa fiscalização dirigida para evidenciar se essas placas comercializadas no Brasil apresentam as potências definidas pelo fabricante e importador”, disse o presidente.

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Ericka Araújo
Líder de Comunicação do Canal Solar. Host do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado de energias renováveis. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

Respostas de 6

  1. E agora? Quem adquiriu esses painéis como fica? Tomam o prejujzo ou será idenizado? Qual o procedimento a ser adotado para o ressarcimento dos prejuizos. Com a palavra o “Inmetro”.

  2. E ainda tem distribuidoras comercializando Tsun, se a fabricante não tem responsabilidade de fornecer um produto que atenda as especificações descritas no equipamento, como nós vamos confiar em uma empresa que trabalha dessa forma, no mínimo com qualidade duvidosa. Eu nunca trabalhei com esses módulos e após essa notícia, pretendo nunca trabalhar….

  3. Nós que estamos aqui, na ponta da comercialização desses produtos na condição de integradores, reconhecemos a importância dessa atitude do Inmetro. Com esse tipo de engodo, o mercado apresentou uma disparidade de preços muito grande no custo final para o cliente, por conseguinte, se perdeu muitas vendas para gente mais lijeira do que profissional, enganando clientes e obstruindo o caminho de quem trabalha sério. Parabéns Inmetro, se procurar vai achar mais!!

  4. pelo que entendi as placas não tem defeitos ou estão fora de algum padrão. eles estão oferecendo placas com geração menor do que a descrita. e agora o que vão fazer?
    eu creio que o Inmetro está certo.
    é preciso ter esta fiscalização.

  5. é só alterar a certificação para o valor real de geração alcançada e reduzir o valor das placas proporcional ao deixado de gerar e colocar a venda simples assim.

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