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Integrador solar: o que é, atribuições e como se tornar um?

Tire as principais dúvidas sobre a profissão e saiba como seguir carreira no setor fotovoltaico.
Integrador solar o que é, atribuições e como se tornar um
Integrador é responsável por cuidar do processo que envolve o fornecimento e a instalação de sistemas fotovoltaicos. Foto: CS Consultoria

A energia solar fotovoltaica está conquistando cada vez mais espaço no Brasil, destacando-se como uma fonte sustentável e renovável que permite aos consumidores reduzir em até 90% o valor da conta de luz.

Esse potencial atrativo tem levado muitos profissionais que atuam em segmentos relacionados à energia a se tornarem integradores solares, buscando participar e aproveitar a alta rentabilidade desse mercado em expansão.

Mas você sabe o que é preciso fazer para começar a atuar nesse ramo?

Essa é uma pergunta que muitos profissionais se fazem diante do cenário cada vez mais promissor da energia solar no Brasil.

Por isso, preparamos este conteúdo para ajudá-lo a entender o que é um integrador solar, qual a formação necessária e quais são suas atribuições diárias.

O que é um integrador solar?

O integrador solar é o profissional responsável por intermediar a relação entre a distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e o consumidor final, que deseja instalar essa tecnologia em seu imóvel. 

Este profissional compra os equipamentos da distribuidora e assume a responsabilidade de todo o processo de instalação de um sistema fotovoltaico.

Suas atribuições incluem atividades burocráticas, como a venda dos sistemas solares e a homologação da tecnologia junto às autoridades competentes. 

Ele também cuida da documentação necessária para garantir que a instalação esteja em conformidade com as normas regulamentares.

Além disso, o integrador solar realiza ações técnicas, que abrangem a instalação dos equipamentos no local indicado pelo cliente e a prestação de serviços de pós-venda, garantindo a manutenção e o bom funcionamento do sistema ao longo do tempo.

Por atuar diretamente na venda dos sistemas solares junto ao público, o integrador também é responsável por explicar detalhadamente o funcionamento da tecnologia e esclarecer todas as dúvidas dos clientes, ajudando-os a compreender os benefícios e as peculiaridades da energia solar fotovoltaica. 

Assim, ele desempenha um papel crucial na disseminação e adoção dessa fonte de energia renovável, sustentável e economicamente vantajosa.

Qual a formação de um integrador fotovoltaico?

Para se tornar um integrador solar, é essencial ter uma formação técnica em áreas como eletrotécnica, eletrônica, eletromecânica ou engenharia elétrica. 

Esses cursos fornecem a base necessária em termos de conhecimento técnico e habilidades práticas para lidar com os sistemas elétricos que compõem as instalações fotovoltaicas.

Além dessa formação técnica, buscar cursos de especialização em energia solar é crucial. Isso porque a tecnologia fotovoltaica tem suas particularidades, tanto teóricas quanto práticas, que diferem significativamente de outros campos da engenharia elétrica. 

Cursos de especialização ensinam os detalhes sobre instalação, manutenção e otimização de sistemas solares, preparando os profissionais para lidar com os desafios específicos do setor.

O Canal Solar oferece uma plataforma completa de cursos, atendendo a diversos perfis de profissionais e investidores. 

Seja você alguém que já atua no mercado e busca se aperfeiçoar, ou um iniciante querendo iniciar sua carreira na energia solar, há opções de treinamento adequadas às suas necessidades.

Além de cursos, o Canal Solar promove a disseminação de conhecimento e inovação no setor através de diferentes formatos. 

A empresa organiza congressos, webinários e mantém um podcast próprio, o Papo Solar, que aborda temas relevantes e atualizados sobre a energia solar. Essas iniciativas são fundamentais para manter os profissionais informados sobre as últimas tendências e desenvolvimentos no mercado solar.

Segunda edição do Canal Conecta, congresso de capacitação técnica do Canal Solar

Quanto ganha um integrador solar?

Antes de responder a pergunta acima é importante ter claro o valor do investimento necessário para abrir uma empresa integradora. 

De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o custo para abrir uma integradora também pode variar, levando em consideração o local de implantação da empresa e a quantidade de habitantes da região onde os serviços serão prestados.

A entidade esclarece que para abrir uma empresa de energia solar, o empreendedor deverá investir, em média, um valor de R$ 200 mil em uma cidade de meio milhão de habitantes, por exemplo, conforme dados de mercado. 

Este custo inclui gastos com abertura da empresa, equipe de instalação, escritório, vendedores, materiais, showroom, veículo para transporte de instaladores e equipamentos, hardware, software e, se for o caso, taxa de franquia. 

Custos com a criação de website e estratégias de marketing, como anúncios na internet, também devem ser considerados, a fim de atingir um maior número de pessoas interessadas em instalar sistemas fotovoltaicos em residências, empresas ou indústrias.

Já quanto ao faturamento de um integrador solar, o Sebrae aponta que este valor varia conforme o modelo de negócio, as estratégias de marketing, a dimensão dos projetos executados, o número de clientes atendidos e o volume de vendas. 

Ainda de acordo com o Sebrae, aplicando o valor de R$ 200 mil, é possível obter, em 24 meses, um retorno sobre investimento, com projeções de venda equivalentes a R$ 2 milhões já no primeiro ano da empresa, segundo projeções de mercado.

Já para profissionais que trabalham no regime CLT como integradores, os salários podem variar de acordo com a função desempenhada e a experiência do profissional. 

Estudos de mercado indicam que os salários iniciais podem partir de aproximadamente R$ 2.500,00 a R$ 4.000,00 por mês para técnicos e instaladores. 

Profissionais com maior experiência e qualificação podem alcançar salários mais altos, chegando a faixas de R$ 6.000,00 a R$ 10.000,00 mensais ou mais, especialmente em cargos de supervisão, gerência técnica ou comercial.

Além do salário base, benefícios como vale-transporte, vale-alimentação, plano de saúde e participação nos lucros e resultados também são comuns em empresas do setor. 

A remuneração total também pode ser influenciada pela performance da empresa e pelos resultados alcançados pelo profissional em suas atividades.

Quais os benefícios de trabalhar no segmento de energia solar?

O integrador solar é um dos elos mais importantes e requisitados do mercado fotovoltaico. Afinal, como vimos até aqui, é ele o responsável por fazer com que a população tenha acesso aos benefícios da fonte. 

Por isso, se tornar um integrador solar de sucesso é uma forma muito inteligente e responsável de obter rendimentos altíssimos no fim de cada mês, uma vez que o mercado de energia solar possui uma altíssima procura e ainda é deficiente em mão de obra.

Recentemente, o Brasil ultrapassou a marca de dois milhões de sistemas de geração própria de energia solar instalados em imóveis residenciais, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Trata-se de um número que representa, atualmente, menos de 4% do total de casas que existem hoje no país – cerca de 60 milhões, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – o que apenas evidencia a grande margem de crescimento que o mercado fotovoltaico brasileiro possui apenas no segmento residencial. 

Como se tornar um integrador solar?

Assim como qualquer outra profissão, os investidores interessados em se tornarem integradores precisam se dedicar à profissão e tomar alguns cuidados importantes. 

Além de saber administrar seus negócios, é essencial que o proprietário e demais funcionários da empresa busquem se aprofundar sobre o assunto para prestar um bom serviço junto aos clientes.

Outra questão importante é ficar atento às legislações e regulamentações do setor, já que trabalhar com energia solar requer estar em conformidade com as leis e regras vigentes.

No Brasil, o órgão responsável por regulamentar os aspectos que envolvem esse ramo é a ANEEL. Além disso, é importante não esquecer de registrar a empresa no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) de sua região.

Em relação a capitalização de clientes, é recomendável realizar um bom investimento em marketing. Afinal, de nada adianta ser um excelente integrador, mas não ser visto pelo mercado. 

Além disso, outro fator importante é possuir uma boa equipe técnica de campo para não só fazer a instalação da tecnologia no imóvel do cliente, como também para atendê-lo de forma profissional, pontual e educada, de modo que o mesmo indique indique, futuramente, os seus serviços para mais pessoas. 

Outra questão que todo integrador precisa desenvolver são as habilidades de negociação, visto que a empresa terá contato direto com clientes, fornecedores e os próprios clientes interessados na aquisição do seu produto. 

Nesse sentido, para criar bons acordos comerciais, é importante que o integrador e sua equipe saibam utilizar muito bem a lábia, o jogo de cintura e os famosos gatilhos mentais de vendas. 

Integradores precisam desenvolver habilidades de negociação. Foto: Freepik 

Afinal, vale a pena ser integrador solar?

Tendo em vista a possibilidade de altos ganhos num mercado que ainda conta com um gigantesco potencial de crescimento pela frente, não há dúvida que vale muito a pena. 

Além disso, a expansão deste segmento tem feito com que o preço da tecnologia venha diminuindo drasticamente, tornando os sistemas solares uma solução cada dia mais acessível e atrativa para os consumidores. 

Para efeito de comparação, em 2012, quando existem apenas sete sistemas fotovoltaicos instalados e em uso no Brasil, o mercado — embora ainda tímido —, já era capaz de oferecer oportunidades aos seus colaboradores. 

Agora, praticamente uma década depois, os números não só se expandiram para mais de 2 milhões de conexões ativas, conforme vimos a pouco, como também tendem a seguir em um viés de alta por novas décadas. 

Um estudo recém-divulgado pelo NREL (Laboratório Nacional de Energia Renovável) do Departamento de Energia dos Estados Unidos, por exemplo, projeta que a energia solar manterá um crescimento de mais de 9% ao ano no mundo ao longo dos próximos anos. 

O levantamento estima que, em 2023, cerca de 350 GW teriam sido instalados globalmente, o que representou um recorde nunca antes alcançado em um único ano, sendo o Brasil um dos principais mercados. 

Conclusão

Como vimos, o integrador solar exerce um importante papel de fornecer à população acesso a uma energia mais barata, limpa e eficiente por meio da venda de kits fotovoltaicos. 

Apesar de trabalhosa e de exigir bastante conhecimento técnico, o trabalho de um profissional da área – se bem feito – traz uma série de benefícios profissionais e financeiros para quem decidir seguir carreira no segmento.  

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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