O investimento em captura e armazenamento de carbono (CCS) mais que dobrou desde o ano passado, atingindo um recorde de US$ 6,4 bilhões. É o que apontou a BNEF (BloombergNEF).
De acordo com a consultoria, os Estados Unidos lideraram o grupo, com 45% do aporte global, mas a divisão regional é bem mais equilibrada do que em anos anteriores.
O investimento na APAC (Ásia Pacífico) subiu para US$ 1,2 bilhão devido a projetos na Austrália e na Malásia. A China, por exemplo, encomendou um projeto piloto para capturar 0,2 milhão de toneladas de CO2 por ano em um complexo petroquímico, embora ainda esteja atrás de seus vizinhos em termos de desenvolvimento de CCS.
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O financiamento da União Europeia para CCS foi principalmente capital de risco fluindo para empresas de captura direta de ar como a Climeworks, que garantiu US$ 650 milhões em abril. A UE destinou grande parte de seu financiamento à descarbonização industrial, com US$ 420 milhões investidos em projetos de cimento e aço.
“A política dos EUA tem sido generosa com a CCS, o que deve levar a mais investimentos em projetos em 2023. À medida que a descarbonização de setores difíceis de reduzir ganha impulso e o apoio político aumenta globalmente, a BNEF espera que os recordes de aportes em CCS continuem a ser quebrados”, concluiu a companhia.
O que é CCS?
A captura, utilização e armazenamento de carbono é uma tecnologia essencial necessária para descarbonizar setores difíceis de reduzir, como petroquímico e cimento, e fornecer energia limpa 24 horas por dia por meio de usinas de gás equipadas com equipamentos de captura.