Segundo dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), o mercado livre encerrou 2022 com 36,4% de participação no total do consumo brasileiro.
O ambiente somava, ao final de dezembro do ano passado, 10.983 agentes, 10,6% a mais do que em 2021. Como cada um deles pode representar várias fábricas ou estabelecimentos, o número de unidades habilitadas no segmento chegou a 29.549, uma alta de 15,6% no comparativo anual.
Em uma análise regional, Pará e Minas Gerais são os únicos estados onde o ambiente livre já representa mais da metade do consumo total de energia, sendo 54% e 52%, respectivamente.
Entretanto, em volumes absolutos, a CCEE apontou que São Paulo liderou no último ano, com cerca de 7 mil MWmed direcionados para o segmento livre, seguido por Minas Gerais (3,9 mil MWmed) e Paraná (1,8 mil MWmed).
Na apuração por setores da economia, a maior parte das mais de 29 mil unidades consumidoras está concentrada nos ramos de Comércios (10.949) e Serviços (5.591). Alimentos (3.538), Manufatura (3.044) e Minerais Não-Metálicos (1.619) aparecem em seguida.
Ampliação do mercado livre
A CCEE afirmou que tem contribuído ativamente para a abertura do mercado livre para mais consumidores, com contribuições junto ao MME (Ministério de Minas e Energia) e a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). O objetivo é garantir que o processo seja sustentável, contínuo e previsível.
No entendimento da organização, essa transformação deve ser acompanhada por aprimoramentos regulatórios e pelo fortalecimento da figura do comercializador varejista, que será o responsável por representar os consumidores no dia a dia da comercialização de energia.