Aproximadamente nove em cada dez sistemas de micro e minigeração distribuída no Brasil são provenientes de instalações realizadas por pessoas físicas, segundo informações da plataforma de dados da Suney.
Dos cerca de 1,36 milhão de sistemas conectados à rede, mais de 1,15 milhão (87,4%) são de consumidores que utilizaram o CPF para aquisição de painéis fotovoltaicos, enquanto apenas 167,5 mil (12,6%) foram de pessoas jurídicas, a partir do CNPJ.
Carlos Bouhid, CEO da Suney, destaca que a diferença nos números pode ser explicada, sobretudo, por causa da popularização dos sistemas fotovoltaicos junto aos consumidores residenciais.
“O número de unidades consumidoras residenciais é substancialmente superior ao número de unidades consumidoras comerciais e industriais. Friamente, essa poderia ser a explicação mais direta”, avalia ele.
“No entanto, há também outros fatores que devemos levar em consideração, como o preço da energia elétrica residencial e a falta de alternativas para redução dos custos com energia”, ressalta Bouhid.
Atualmente, quase 75% dos sistemas instalados no segmento de GD solar no Brasil (pouco mais de 1,01 milhão) são residenciais. Já os estabelecimentos comerciais e industriais – onde, costumeiramente, se usa o CNPJ para aquisição da tecnologia – há somente 222,7 mil sistemas em operação.
Outro fator que explica a adesão das pessoas físicas à energia solar são as maiores facilidades para obtenção de financiamentos junto a bancos, como Santander e Caixa Econômica Federal, e outras instituições.
A própria Suney, empresa responsável pelo estudo, por exemplo, oferece crédito para o financiamento de sistemas de pequeno e médio porte, com taxas a partir de 1,5% ao mês e liberação em 24 horas.