Pela segunda semana consecutiva, o ONS (Operador Nacional do Sistema) reduziu a projeção de carga para julho. A nova estimativa aponta para um crescimento de 0,9% (69.854 MWmed), dois pontos percentuais abaixo da previsão apresentada no início do mês. O órgão não explica os motivos da revisão.
Veja a previsão de carga para cada subsistema:
- Norte: + 11,5%, 7.192 MWmed;
- Nordeste: + 4,1%, 11.621;
- Sudeste/Centro-Oeste: -1%, 39.136 MWmed;
- Sul: -1,3%, 11.905 MWmed.
Os indicadores comparam as estimativas para o final de julho de 2023, ante o mesmo período do ano passado.
Armazenamento dos reservatórios
O grande volume de chuvas causado pelo fenômeno El Niño deve elevar os reservatórios da região Sul para 95% da capacidade máxima ao final do mês. O Norte e o Sudeste/Centro-Oeste podem, respectivamente, atingir 94,5% e 84,3%. Para o Nordeste, a projeção é de 78,8%.
Previsão de afluências
A ENA (Energia Natural Afluente) – o volume de água que chega ao reservatório capaz de se converter em energia hidrelétrica – tem previsões compatíveis com o período seco, mas com um desvio significativo na região Sul, cuja ENA prevista está em 117% da média histórica (MLT), quase o triplo do apontado na estimativa anterior.
O Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 70% dos reservatórios do SIN (Sistema Interligado Nacional), deve registrar ENA de 86% da MLT em 31 de julho, ante 84% apresentados previamente. Para os subsistemas Norte e Nordeste, as previsões de ENA são de 76% e 50%, respectivamente.
O Custo Marginal de Operação (CMO) se mantém zerado em todos os subsistemas pela trigésima semana consecutiva, padrão iniciado no final de dezembro de 2022. É o período mais longo de CMO zerado de forma consecutiva na série histórica monitorada pelo Operador.