Atualizada em 09 de janeiro de 2024.
O plano de expansão do sistema de transmissão de energia brasileiro prevê investimentos de R$ 56,2 bilhões, conforme estudos concluídos em novembro de 2023. Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), R$ 37,8 bilhões dizem respeito a investimentos em linhas de transmissão e R$ 18,4 bilhões estão relacionados a subestações.
Os números fazem parte do PET (Programa de Expansão da Transmissão) e PELP (Plano de Expansão de Longo Prazo) Ciclo 2023, os quais apontam as necessidades das instalações para os anos de 2029 e 2030, respectivamente.
Os documentos são publicados duas vezes ao ano e abrangem todas as obras de expansão do SIN (Sistema Interligado Nacional) que ainda não tenham sido autorizadas ou licitadas. Os documentos são relevantes para o mercado por apresentar um panorama das obras previstas no setor elétrico.
Cerca de R$ 24,7 bilhões (45%) dos investimentos serão licitados nos dois leilões de transmissão previstos para ocorrerem em 2024. Já R$ 21 bilhões (55%) compreendem obras a serem licitadas a partir de 2025.
Do total de R$ 55,2 bilhões, 46% (R$ 25,6 bilhões) visam reforço nos sistemas regionais e 56% (R$ 30,6 bilhões) representam os investimentos para o escoamento da geração de energia, principalmente das energias renováveis, como eólica e solar.
Investimentos por região do país
Os aportes devem beneficiar os estados de Alagoas (R$ 1,70 bi), Bahia (R$ 5,96 bi), Ceará (R$ 2,84 bi), Maranhão (R$ 1,29 bi), Mato Grosso do Sul (R$ 138 milhões), Minas Gerais (R$ 5,40 bi), Paraíba (R$ 770 milhões), Paraná (R$ 1,19 bi), Pernambuco (R$ 2,27 bi), Piauí (R$ 5,07 bi), Rio de Janeiro (R$ 161 milhões), Rio Grande do Norte (R$ 483 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 1,91 bi), Santa Catarina (R$ 624,6 milhões), São Paulo (R$ 704,2 milhões) e Tocantins (R$ 1,31 bi).
Para fins de comparação, em 2023 os dois leilões realizados vão demandar R$ 50 bilhões em investimentos no sistema de transmissão.
Versão anterior desta reportagem afirmava erroneamente no título que o investimento total era R$ 55,2 bilhões. O valor correto é R$ 56,2 bilhões.
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