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Plano Safra deve impulsionar vendas de projetos fotovoltaicos

Pequenos e médios agricultores podem obter recursos junto ao Governo Federal para financiar sistemas de energia solar
CanalSolar Plano Safra deve impulsionar vendas de projetos fotovoltaicos
Projetos de energia limpa podem ser financiados com recursos do programa. Foto: José Fernando Ogura

A liberação de recursos para produtores rurais por meio do Plano Safra 2023/2024 deve impulsionar o mercado de energia solar e movimentar a venda de sistemas fotovoltaicos.

Isso porque pequenos e médios agricultores podem obter recursos junto ao Governo Federal para financiar projetos de inovação, modernização e sustentabilidade na atividade agropecuária, como, por exemplo, a instalação de projetos fotovoltaicos.

Ao total, serão disponibilizados ao todo R$ 441 bilhões, sendo R$ 364,22 bilhões para médios e grandes produtores, por meio do Pronamp e similares.

O montante representa um aumento de 27% em relação ao ano passado. Já para os pequenos produtores enquadrados no Pronaf, serão R$ 77,7 bilhões, volume este 34% maior do que na safra passada.

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Mário Campo Grande, CEO da Solarprime, analisa que, pensando nas projeções de negócios e nos benefícios, como as baixas taxas de juros, prazos e pagamento e carências estendidas, mais de R$ 8 milhões devem ser movimentados com a venda de sistemas fotovoltaicos.

“A previsão é chegar a 2 MW de energia solar comercializados com a implementação do Plano Safra. A expectativa é alavancar as vendas, principalmente de sistemas de minigeração, destinados às propriedades rurais e que possuem aproximadamente 100 mil KWp de potência instalada”, disse.

“Com isso, esperamos contribuir para a modernização e sustentabilidade do segmento agro, que a cada ano, se mostra como um ator importante para o crescimento da energia solar no país”, acrescentou Grande.

Como solicitar as linhas de financiamento rural para energia solar?

Para que o produtor rural possa adquirir um sistema fotovoltaico utilizando recursos do Plano Safra, é necessário que seja realizado um projeto rural, por meio de uma parceria com um escritório de consultoria agrícola ou entidades cadastradas junto à Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário.

Raphael Brito, sócio fundador da Solarprime, destaca que as empresas integradoras precisam conhecer as regras para aproveitar essa oportunidade de alavancar as vendas de sistemas.

“É importante saber que o produtor rural, geralmente, já busca crédito subsidiado para outras atividades, antes mesmo de conhecer a solução fotovoltaica. Esse crédito também pode ser usado para a aquisição de um sistema solar, porém, o projeto precisará ser aprovado no banco com o qual o produtor já possui crédito aprovado”, orienta.

O executivo ainda ressalta que é importante se atentar aos valores dos equipamentos e da instalação, “que devem estar discriminados separadamente para a aprovação do projeto na instituição bancária”, explica.

Quais são os programas disponíveis?

O Plano Safra disponibiliza dois tipos de programa para financiamento e créditos agrícolas: Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

O Pronaf destina-se a estimular a geração de renda e melhorar o uso da mão de obra familiar, por meio do financiamento de atividades e serviços rurais agropecuários e não agropecuários desenvolvidos em estabelecimento rural ou em áreas comunitárias próximas. Esse programa financia custeio e investimentos em implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção de pequenos produtores.

Para produtores de médio porte, o programa indicado é o Pronamp. Ele financia o custeio e investimento para proprietários rurais, posseiros, arrendatários ou parceiros que tenham, no mínimo, 80% de sua renda bruta originária da atividade agropecuária ou extrativa vegetal.

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Ericka Araújo
Head de jornalismo do Canal Solar. Apresentadora do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado fotovoltaico. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

6 respostas

  1. Divulgam recursos e os bancos criam as barreiras. Hoje a burocracia bancária desanima qualquer produtor rural além de direcionar o cliente a compra dos kit’s somente com fornecedores cadastrados no BNDES exigindo o tal código FINAME com isso aumentando o preço do mesmo produto em mais de 25%. Acho uma falta de respeito ao poder de livre escolha no mercado onde usamos da concorrência para barganhar preços mais com isso o próprio banco direciona a quem você poderá comprar. Outro ponto é a lentidão no atendimento bancário levando meses para contratar uma proposta. A central de avaliação do banco não se atualizam sobre as inovações tecnológicas e procedimentos de implantação e ficam exigindo documentos que só atrapalham o andamento de instalação das usinas exigindo documentos exageradamente. E por ai vai se estendendo os fatos. A última é exigir por obrigação onuso de baterias em sistemas off Grid direcionados para irrigação sendo que a usina é projetada somente para trabalhar pelo dia onde necessita sem precisar de armazenamento de energia mais mesmo assim só querem liberar com baterias. Infelizmente é muita falta de informação. Espero que se atualizem e melhorem os trâmites para que o produtor rural tenha melhores condições de contratação.

  2. Bom dia Senhores

    Favor informar qual o procedimento para participar das concorrências, sou representante da Lima climatização e ENERGIA SOLAR, com sede em BH.
    Muito obrigado
    Denio Lazzarini
    31-99222-7922

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