A galvanização a fogo é um processo essencial para proteger estruturas metálicas contra a corrosão, aumentando sua durabilidade e resistência ao longo do tempo.
De acordo com Raphael Soeiro, gerente de engenharia na Metal Light Solar, entender as diferenças entre o aço pós-galvanizado e pré-galvanizado é fundamental para garantir a vida útil das estruturas utilizadas em usinas solares.
O que é a galvanização a fogo?
A galvanização a fogo consiste na imersão do aço carbono, ferro fundido ou aço patinável em zinco fundido, criando uma camada protetora contra a oxidação. Esse processo protege as peças interna e externamente, garantindo maior resistência à corrosão em diferentes condições ambientais.
Durabilidade e taxa de degradação do material
A longevidade das estruturas metálicas está diretamente ligada à taxa de degradação do material. Segundo Soeiro, os equipamentos da Metal Light trabalham com um valor médio de 56 µm indicados pela norma ABNT NBR 6323:2016 e possuem uma vida útil estimada de 27 anos em ambientes de classificação C3.
Levando em conta a degradação média anual de 1,4 µm, ao longo de 27 anos a perda acumulada de material chega a 37,8 µm. Com um fator de segurança adicional de 20%, o total necessário para proteção completa das peças atinge 45,3 µm.
As limitações do aço pré-galvanizado
Embora o processo de pré-galvanização seja similar ao de pós-galvanização, ele ocorre durante a etapa de processamento da bobina de aço, antes da conformação das peças. Conforme o engenheiro, essa técnica apresenta desafios significativos, pois o banho de zinco aplicado não é suficiente para formar uma camada protetora duradoura.
“A camada de zinco no aço pré-galvanizado não ultrapassa os 32,41 µm (275g/m²), com um valor médio de 20 µm, enquanto o necessário para garantir a proteção de 27 anos é de 45,3 µm. Isso significa que as estruturas pré-galvanizadas têm uma vida útil limitada a cerca de 12 anos, muito abaixo do ideal para usinas solares”, explicou.
Outro problema enfrentado pelo aço pré-galvanizado ocorre durante a conformação das peças, quando há risco de danos à camada de zinco, comprometendo ainda mais sua durabilidade. Esse tipo de desgaste não ocorre no aço pós galvanizado, que já recebe o revestimento de zinco após a conformação, garantindo proteção uniforme em toda a estrutura.
Conclusão
A escolha entre o aço pós-galvanizado e pré-galvanizado impacta diretamente na durabilidade e segurança das usinas solares. Enquanto o aço pós-galvanizado atende aos requisitos de vida útil esperados para o setor, o pré-galvanizado apresenta limitações significativas que podem comprometer o desempenho das estruturas a longo prazo.
Para evitar manutenções frequentes e garantir maior proteção contra corrosão, a Metal Light Solar reforça a importância de utilizar materiais adequados e resistentes às condições ambientais onde as usinas serão instaladas.
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Uma resposta
A pós galvanização por imersão realmente é a mais indicada para proteção de estruturas de aço carbono, já que garante uma camada contínua em toda a superfície, porém, o controle da uniformidade e micragem dessa camada é de extrema importância para a garantia esperada/projetada.