O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) divulgaram os dados da previsão de carga para o Planejamento Anual da Operação Energética – Ciclo 2021 (2021-2025).
Segundo as empresas, a expectativa é de um crescimento médio da carga de 3,6% por ano. Em 2021, a previsão de aumento é de 3,4% no SIN, considerando uma elevação do PIB (Produto Interno Bruto) de 3,3%, influenciado pelo carregamento estatístico de 2020.
A perspectiva é que a carga feche o ano com 66.793 MW médios, um aumento de 1.019 MW médios em relação à previsão da 2ª revisão quadrimestral de 2020.
De acordo com o relatório, as principais premissas consideradas para o curto prazo foram:
- Indicadores de atividade mais recentes corroboram a premissa de impactos da pandemia mais concentrados no 2º trimestre, com recuperação a partir de meados de 2020;
- Medidas de combate à crise em função da pandemia, aumento da confiança e bom desempenho das exportações que ajudaram a reduzir os efeitos negativos da pandemia sobre a atividade econômica;
- Recuperação do mercado de trabalho gradual ao longo do ano de 2021.
Já as maiores incertezas relevantes consideradas para esse período no processo de previsão de carga foram:
- O impacto do fim do auxílio emergencial, a disponibilidade de vacina para toda a população e o risco de uma segunda onda
A partir de 2022 foram consideradas as seguintes premissas:
- Ambiente econômico mais estável que permita uma elevação da confiança dos agentes, recuperação do mercado de trabalho e expansão da demanda doméstica;
- Aceleração do crescimento mundial com maior impulso aos setores exportadores, sobretudo de commodities;
- Maior estabilidade econômica propiciando uma retomada mais significativa dos investimentos nos próximos anos, com destaque para o setor de infraestrutura, gerando efeitos sobre a produtividade da economia.