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Projeto no RN combinará eólica offshore com solar e hidrogênio verde

Governo assinou acordo para impulsionar fontes de energia e atrair investimentos no estado

Autor: 17 de setembro de 2021fevereiro 9th, 2022Projetos
3 minutos de leitura
Projeto no RN combinará eólica offshore com solar e hidrogênio verde

Serão investidos R$ 18 bilhões com geração de cerca de 5 mil empregos. Foto: Assecom/Governo do RN

O governo do Rio Grande do Norte assinou, nesta semana, um memorando de entendimento com a empresa potiguar IER (Internacional Energias Renováveis) para desenvolver um projeto que combinará energia eólica offshore com solar e hidrogênio verde.

De acordo com a governadora Fátima Bezerra, o objetivo do programa é impulsionar estas fontes de energia no estado que, inclusive, pode se tornar o primeiro do Brasil a ter produção eólica no mar. 

Segundo Gibran Dantas, diretor-executivo do IER, o Complexo Eólico Offshore Ventos Potiguar, que está em fase avançada de licenciamento com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e outras agências reguladoras, prevê a instalação de 207 aerogeradores com capacidade total de 2,7 GW.

Para a construção do empreendimento, localizado entre os municípios de Pedra Grande e São Bento do Norte, serão investidos R$ 18 bilhões com geração de cerca de 5 mil empregos. 

Usina solar e hidrogênio verde

Referente a usina de energia fotovoltaica que será instalada, Dantas afirmou que a mesma terá 1 GW de potência e será construída em terra. “Estamos ainda na parte de projetos e estudos. Todo o complexo tem uma previsão de uns dez anos”, apontou. 

Atualmente, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o Rio Grande do Norte está na 14ª colocação do ranking estadual de GD (geração distribuída) fotovoltaica com cerca de 145 MW de capacidade instalada.

Já em relação à planta de hidrogênio verde, ele destacou que ela vai consumir parte da eletricidade gerada na eólica offshore e na usina solar para ser, em sua maioria, exportada e atender a demanda mundial, principalmente o mercado europeu, “já que, geograficamente, somos o ponto mais próximo da Europa”, disse Dantas. “O restante será ofertado para atrair aportes para a indústria local, dentro de um projeto com incentivos do governo do estado”, concluiu o executivo. 

Estado do RN pode se tornar o primeiro do Brasil a ter produção eólica no mar. Imagem: Assecom/Governo do RN

Mais sobre o complexo

A governadora do Rio Grande do Norte relatou ainda que, desde o início do governo, foi definido um planejamento energético. “Isto vem apresentando resultados altamente positivos ao longo dos anos. Recentemente, fomos o estado que mais captou novos aportes no leilão para geração de energias renováveis. Agora, estamos dando passos firmes para consolidar o primeiro parque de produção de energia no mar do Brasil”, destacou.

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“O RN está na vanguarda do processo de geração de eletricidade no país. Certamente, isso vai contribuir para ativar diversas cadeias produtivas e gerar trabalho, emprego e renda”, acrescentou Fátima.

Jaime Calado, secretário da Sedec (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico), também comentou sobre o complexo e enfatizou que o empreendimento representa quase a metade dos atuais 5,7 GW que são gerados atualmente em renováveis. “O planejamento energético feito no início da atual gestão vem se consolidando. O estado também contrata estudos para viabilizar empreendimentos, atraindo projetos e investimentos”, ressaltou Hugo Fonseca, coordenador de desenvolvimento energético da Sedec. 

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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