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Renováveis irão compor 60% da matriz energética global em 2050

Autor: 18 de setembro de 2020Mundo
4 minutos de leitura
Renováveis irão compor 60% da matriz energética global em 2050

A participação das energias renováveis ​​na matriz energética global deve atingir aproximadamente 60% em 2050, afirmou a BP em seu último relatório de perspectiva energética.

De acordo com Spencer Dale, economista-chefe da BP, a velocidade deste aumento será determinada pela adoção ou não de políticas de incentivo às renováveis.

O especialista citou fontes como a solar, eólica, biomassa e a geotermal como as protagonistas para essa expansão, sendo que as duas primeiras estão na liderança desse processo. 

Esse panorama apresentado pela BP tem como premissa a perspectiva de que a demanda global de energia cresce, impulsionada pelo aumento da prosperidade e dos padrões de vida no mundo emergente. Dale citou a eletrificação dos sistemas e mobilidade com destaque na impulsão desse consumo.

Aumento da capacidade solar e eólica

O estudo analisou três cenários que exploram caminhos diferentes para o sistema de energia global até 2050. Em seus cenários de ‘Rapid’ e ‘Net Zero’, o aumento médio anual da capacidade solar e eólica nos próximos 15 anos pode ser de 350 GW e 550 GW, respectivamente. 

Mesmo no BAU (business as usual), a taxa média anual de 235 GW de construção de capacidade solar e eólica em relação às perspectivas ainda é consideravelmente mais altas do que as taxas anteriores.

Segundo a BP, em todos os três cenários, as economias emergentes respondem pela maior parte da expansão das energias renováveis, impulsionadas pelo crescimento mais forte na geração de energia e pela crescente participação renováveis ​​na matriz energética, especialmente em detrimento do carvão.

Queda do petróleo e combustíveis fósseis

Quanto ao petróleo e os combustíveis fósseis, todos os cenários mostram uma queda na demanda nos próximos 30 anos: 10% menor até 2050 no ‘business as usual’, cerca de 55% menor no ‘Rapid’ e 80% menor no ‘Net Zero’. 

No BAU há uma estabilização da demanda no início dos anos 2020 e nos demais nunca se recupera totalmente da queda causada pela pandemia da Covid-19. 

“Mesmo que a pandemia tenha reduzido drasticamente as emissões globais de carbono, o mundo continua em um caminho insustentável. No entanto, a análise das perspectivas mostra que, com medidas políticas decisivas e mais opções de baixo carbono por parte das empresas e dos consumidores, a transição energética ainda pode ser entregue”, disse Bernard Looney, CEO da BP.

Sobre os três cenários

O ‘Rapid’ assume a introdução de medidas políticas, lideradas por um aumento significativo nos preços do carbono, que resultam em emissões provenientes do uso de energia caindo cerca de 70% até 2050 em relação aos níveis de 2018. 

O ‘Net Zero’ assume que as medidas políticas do ‘Rapid’  são reforçadas por mudanças significativas no comportamento e nas preferências da sociedade e do consumidor – como maior adoção de economias circulares e compartilhadas e a mudança para fontes de energia de baixo carbono. Isso aumenta a redução nas emissões de carbono até 2050 para mais de 95%. 

Já o ‘business as usual’ pressupõe que as políticas governamentais, tecnologias e preferências sociais continuam a evoluir de maneira e velocidade vistas no passado recente. As emissões de carbono a partir do uso de energia atingem o pico em meados da década de 2020, mas não diminuem significativamente, com emissões em 2050 menos de 10% abaixo dos níveis de 2018.

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Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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