As chuvas continuam a elevar os reservatórios das hidrelétricas no Brasil. Segundo boletim do Programa Mensal de Operação do ONS (Operador Nacional do Sistema) divulgado na última sexta-feira (21), as indicações de Energia Armazenada (EAR) para o final do mês apontam para possibilidade de atingir 93,4% no Sul e 93,2% no Norte. O Sudeste/Centro-Oeste deve atingir 83,7% e o Nordeste, 78,9%.
A previsão de ENA (Energia Natural Afluente) – chuva que chega aos reservatórios capaz de gerar energia – está em 88% da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste, dois pontos percentuais acima da previsão da semana passada. Para o Nordeste, também há possibilidade de crescimento: 55% da média, ante 50%. O Norte apresenta estabilidade, com manutenção de 76% da média histórica. A ENA prevista para a região Sul em 31 de julho é de 144% da média histórica.
Já o cenário para a carga nacional de energia elétrica em julho aponta para o crescimento de 0,9% (69.855 MWmed). As projeções de aceleração para o Norte e Nordeste são de, respectivamente, 11,6% (7.202 MWmed) e 4,9% (11.702 MWmed). As demais regiões apresentam uma tendência de redução na carga: 1,5% (38.931 MWmed) no Sudeste/Centro-Oeste e 0,4% (12.020 MWmed) no Sul. Os percentuais comparam as estimativas para o final de julho de 2023, ante o mesmo período do ano passado.
O Custo Marginal de Operação (CMO) se mantém zerado em todos os subsistemas pela trigésima primeira semana consecutiva, padrão iniciado no final de dezembro de 2022. São mais de seis meses consecutivos nesta condição. Segundo o ONS, esse é o período mais longo de CMO zerado de forma seguida na série histórica.