A ONG carioca Revolusolar, que leva energia solar a comunidades carentes, venceu o prêmio Global Energy Heroes 2022, da Universidade de Stanford.
Esta premiação oferece aos ganhadores um investimento de US$ 20 mil, equivalente a R$ 100 mil, para promover tal iniciativa. O principal requisito do projeto, que precisa ser liderado por jovens de 18 a 30 anos, é apresentar uma solução inovadora de energia sustentável.
“O dinheiro do prêmio será usado para o fortalecimento institucional e para financiar a expansão nacional da Revolusolar. O prêmio nos motiva a continuar trabalhando na revolução solar, visando uma sociedade mais inclusiva e sustentável”, disse o economista Eduardo Avila, de 26 anos, diretor executivo da Revolusolar.
‘’Os três vencedores e os outros finalistas representam a amplitude e a profundidade dos jovens de todo o mundo, comprometidos em tornar suas comunidades mais sustentáveis e defender nosso mundo das mudanças climáticas”, contou Yi Cui, diretor do Precourt Institute e professor de ciência e engenharia de materiais de Stanford.
A Revolusolar, inclusive, já foi premiada outras vezes. Em 2020 foi agraciada com o prêmio Jovens Campeões da Terra, da ONU, e foi finalista do Global Innovation Lab for Climate Finance, do Climate Policy Initiative.
Mais sobre a Revolusolar
Fundada em 2015, a Revolusolar criou em 2021 a primeira cooperativa de energia solar em favelas do Brasil: a Cooperativa Percília e Lúcio de Energias Renováveis, gerida pelos próprios moradores da Babilônia e do Chapéu Mangueira, na Zona Sul do Rio.
De acordo com a empresa, a iniciativa beneficia 35 famílias do Morro da Babilônia e do Chapéu Mangueira com uma redução média de 30% na conta de luz.
Em 2022, a ONG iniciou atividades no Centro do Rio: instalou placas no Circo Crescer e Viver, instituição com atuação social e cultural em comunidades na região, e oferece formação profissional em instalação de energia solar para moradores das comunidades atendidas.