Se você trabalha na indústria fotovoltaica, em algum momento já deve ter ouvido falar sobre o PVEL (PV Evolution Labs), um dos principais laboratórios independentes do mercado global e agora parte do Kiwa Group, instituição europeia de inspeção da indústria. Mas, sabe qual é a sua real importância para o segmento?
O PVEL possui um scorecard de confiabilidade de módulos, que é uma avaliação de qualidade dos painéis que estão disponíveis no setor. Isso significa que o mesmo classifica os fabricantes durante um período de 18 meses, baseado nos testes de qualificação de produtos.
Esse programa engloba diversos testes, dentre eles estão o de CT (Ciclo Térmico), que avalia a capacidade de um módulo fotovoltaico para suportar mudanças de temperatura – o que o torna particularmente significativo em regiões com variações extremas, onde o desempenho TC é essencial, como é o caso da América Latina.
O Programa de Qualificação do PVEL é projetado para subsidiar compradores, investidores e proprietários de geradores fotovoltaicos. Ao total, o laboratório trabalha com mais de 400 parceiros downstream, que representam mais de 30 GW de poder de compra anual nos principais mercados de energia solar do mundo.
Classificação de empresa com atuação no Brasil
Recentemente, os módulos Aurora Mono Perc da AE Solar, fabricante alemã Tier 1 de painéis, por exemplo, passaram pelo teste de Ciclo Térmico, no qual os equipamentos, com potência de 550 Wp, demonstraram uma resistência excepcional às flutuações de temperatura.
Os módulos mono PERC de 182 mm, fabricados exclusivamente com padrões de produção 4.0, passaram em três testes do PVEL. A linha está atualmente disponível no Brasil.
No teste de MSS (Sequência de Esforço Mecânico), que avalia a vulnerabilidade do painel à fissuras e se os danos nas células podem levar à perda de energia, os produtos da AE Solar também obtiveram ótimos resultados.
“Os módulos Aurora mono PERC da AE Solar provaram a sua resiliência mesmo em condições climatéricas adversas, como neve pesada e ventos fortes, o que os torna a escolha ideal para projetos em regiões com eventos climáticos extremos”, destacou o resultado do PVEL.
Por fim, tais equipamentos passaram ainda no teste de LID (Degradação Induzida por Luz) e LeTID (Degradação Induzida por Luz e Temperatura Elevada). Estes fenômenos baseados nas células, desencadeados pela exposição à luz, são fatores cruciais nos modelos de rendimento energético.
Os painéis da AE Solar não só estabilizam rapidamente no terreno, como também minimizam o LeTID, tornando-os particularmente adequados para climas quentes, onde outros módulos podem ter dificuldade em manter a eficiência.
De acordo com Ramon Nuche, diretor da AE Solar para a América Latina, a linha Aurora Mono Perc representa o auge da tecnologia fotovoltaica, “oferecendo eficiência, durabilidade e confiabilidade inigualáveis”.
“Com a excelente classificação PVEL, vamos continuar estabelecendo novos padrões na indústria solar, fornecendo aos nossos clientes os módulos solares com o melhor desempenho disponível”, concluiu.
Demais testes PVEL
Para sua tradicional classificação do setor fotovoltaico, o PVEL ainda trabalha com os seguintes tipos de testes:
- Damp Heat (teste de umidade e calor): simula a degradação do módulo em condições mais agressivas, de altas temperaturas e alta umidade;
- Potential Induced Degradation (potencial de degradação induzida): simula as condições de tensão e temperatura às quais os painéis são expostos. Sendo assim, é analisada a degradação elétrica induzida devido à alta tensão;
- PAN Performance (desempenho Pan): determina se o desempenho dos módulos está alinhado com as informações do PAN File;
- Backsheet Durability Sequence (sequência de durabilidade do backsheet): identifica possíveis defeitos no backsheet, que causam entrada de umidade e podem afetar o desempenho do módulo;
- Hail Stress Sequence (sequência de stress de granizo): simula as condições de campo para avaliar a durabilidade e a resistência do painel diante do impacto do granizo natural.