À meia-noite (00:00) do dia 17 de fevereiro (domingo) todos os relógios do país deverão ser atrasados em uma hora. É como se estivéssemos voltando no tempo, pois logo após o ajuste serão 23 horas do sábado. Nem todos os estados do Brasil adotam o horário de verão. Somente SP, RJ, ES, GO, MT, MS, MG, PR, RS, SC e o Distrito Federal utilizam a medida, que tem como objetivo a economia de energia elétrica durante os meses de verão.
Mas o horário de verão realmente funciona? Esse assunto costuma causar polêmica no país todos os anos. Há quem ame e quem odeie o horário de verão. Algumas pessoas gostam da sensação de dias mais longos, tendo mais tempo para desfrutar os dias mais quentes ao ar livre. Algumas pessoas odeiam ter que acordar quando ainda está escuro. Para o bem ou para o mal, o horário de verão tem feito parte da vida de grande parte do país há muitos anos.
Idealizado para proporcionar economia de energia elétrica, o horário de verão é criticado por não alcançar os resultados esperados. Seus críticos alegam que a economia proporcionada é muito pequena, praticamente desprezível. Será que essas pessoas têm razão? De fato, nos últimos anos o pico de consumo de energia elétrica tem se deslocado do período noturno para o período da tarde.
Alguns anos atrás o maior consumo de energia das residências brasileiras era causado pelo uso do chuveiro no final do dia, ou início da noite, quando as pessoas chegavam do trabalho. Com o aumento do poder aquisitivo e a elevação das temperaturas médias, o crescimento acelerado do uso de aparelhos de ar condicionado tem feito o consumo de energia elétrica ser maior durante o dia do que no início da noite. Por causa disso é que muitas pessoas dizem que o horário de verão perdeu sua utilidade.
Em uso no Brasil desde 1985, o horário de verão pode estar com os dias contados. Está em discussão no congresso nacional a extinção da mudança do horário. Talvez no próximo ano o brasileiro tenha que se acostumar a ter dias de verão mais curtos. Bom para uns, ruim para outros.