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Surto de Covid fecha parcialmente um dos portos mais movimentados do mundo

Yantian Port, localizado no centro industrial e de exportação de Shenzhen, na China, pode sofrer atrasos nas remessas após surto de coronavírus

Autor: 31 de maio de 2021Mundo
3 minutos de leitura
Surto de Covid fecha parcialmente um dos portos mais movimentados do mundo

A pandemia da Covid-19 pode atrasar as remessas de um dos portos mais movimentados do mundo, o Yantian Port, localizado no centro industrial e de exportação de Shenzhen, no sul da China. 

Conforme noticiado pelo Canal Solar na semana passada, com informações da Port Trade, e de acordo com anúncio publicado na última sexta-feira (28) no WeChat, um dos aplicativos de mensagens instantâneas mais populares do país asiático, o porto parou parcialmente de aceitar contêineres para exportação até domingo (30).

Segundo a mídia estatal, isso ocorreu após um surto de coronavírus atingir a equipe que trabalha no local e a comunidade da região. Inclusive, um funcionário, que não quis se identificar, afirmou à imprensa que todas as cargas precisarão de reserva.

Para se ter uma ideia, as ações da Shenzhen Yan Tian Port Holding, operadora do porto, caíram 1,8% nesta segunda-feira (31). O Yantian, por exemplo, atende cerca de cem navios por semana.

Em comunicado divulgado na sexta, o governo informou que conduzirá testes em massa de toda a população do distrito de Yantian.

Frete internacional

O preço do frete marítimo, que já subiu mais de 30% (de 6 mil para 9 mil dólares), deve sofrer outra alta ocorra até o final de junho. De acordo com a Port Trade, empresa especializada em frete internacional, o surto de Covid-19 em funcionários do Porto de Shenzhen, na China, é um dos fatores que vão contribuir para este aumento.

“Tudo isso está acontecendo por causa da falta de espaço nos navios e, consequentemente, de equipamentos transportados. Os embarques que estão ocorrendo da China para a Europa e os Estados Unidos estão tendo uma demora muito grande para ter o retorno dos equipamentos, o que está fazendo com que precisem realocar os produtos em outras regiões para suprir essa falta”, disse Cleber Baldotto, gerente operacional da Port Trade.

Bancos chineses pedem retirada gradual do financiamento para carvão

Se tornar neutra em carbono até 2060. Esse é o objetivo da China, que está buscando alternativas para migrar do combustível fósseis para as energias renováveis.

Durante o Fórum Financeiro Internacional em Pequim, realizado no último sábado (29), chefes de bancos estatais disseram que o país asiático deve adotar uma abordagem gradual, retirando o financiamento para indústrias de alta emissão para evitar riscos de crédito.

“As instituições financeiras precisam apoiar as empresas de carvão e aço para que atualizem sua tecnologia para reduzir as emissões, mesmo que parem de financiar qualquer expansão adicional de capacidade”, disse Zhou Xuedong, vice-presidente executivo do Banco de Desenvolvimento da China.

“Essas indústrias [de alta emissão] têm crédito pendente significativo e uma saída de financiamento muito rápida pode levar à deterioração dos ativos bancários. Este é um processo gradual”, ressaltou. 

Segundo o executivo, uma retirada precipitada do aporte às empresas de carvão resultaria em perdas tanto para as companhias quanto para os bancos que as emprestaram. “Os bancos devem fornecer financiamento para a transformação verde, à medida que retiram o apoio ao crédito”, concluiu.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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