Após quatro anos fora do cargo, Donald Trump estará de volta à Casa Branca para ser o 47º presidente dos Estados Unidos. O republicano superou a candidata do Partido Democrata, Kamala Harris, ao atingir a maioria dos 538 delegados do Colégio Eleitoral.
Mas, afinal, quais são as metas de Trump para o setor energético? No seu plano de governo, divulgado em seu site oficial, o novo presidente americano contém um capítulo dedicado somente à geração de energia.
O republicano defende o aumento da produção de energia em todas as áreas e, para isso, promete acabar com as restrições impostas pelo governo Biden no setor de óleo, gás e carvão. A medida visa tornar os Estados Unidos independente energeticamente de outros países e reduzir os preços de energia em toda a matriz.
Trump destaca que uma de suas intenções é tornar o território norte-americano o produtor número um de petróleo e gás natural do mundo. O presidente eleito também incluiu como uma de suas metas revitalizar a indústria automobilística dos Estados Unidos.
Com essa medida, o plano prevê restringir a importação de veículos elétricos chineses, buscando fortalecer a produção nacional e recuperar a competitividade do setor.
De acordo com dados do EIA (U.S. Energy Information Administration), a matriz energética dos Estados Unidos é hoje dividida da seguinte forma: 60% são combustíveis fósseis; 18,6% provêm de energia nuclear, e outros 21,4% de fontes renováveis.
Ações de empresas de energia solar caem com vitória de Trump
No mercado financeiro, o setor de energia solar observou quedas nas ações de empresas do segmento após a confirmação do retorno de Trump à Casa Branca. De acordo com o canal de notícias CNBC, as ações das fabricantes de painéis solares First Solar e Enphase caíram 14% e 12%, respectivamente.
A Nextracker também apresentou desvalorização de 12%, enquanto que as ações de empresas que fornecem serviços de energia solar, como Sunrun e Sunnova, caíram 18% e 21%, respectivamente.
Embora o plano do presidente eleito não mencione mudanças específicas em benefícios para energias renováveis, há uma apreensão do mercado de que possíveis ajustes no IRA (Inflation Reduction Act) possam afetar o setor.
Isso porque a medida aplicada no governo Biden inclui uma série de incentivos para veículos elétricos, energia solar e eólica e outras tecnologias de energia limpa.
O receio do mercado é de que o novo governo possa revogar parte das medidas concedidas ao setor. Porém, de acordo com especialistas ouvidos pela Reuters seria quase impossível revogar a lei atual já que as fontes renováveis contam com o apoio de estados republicanos.
“Os empregos e os benefícios econômicos foram tão grandes nos estados republicanos que é difícil ver um governo dizer que não gosta disso”, disse Carl Fleming, sócio do escritório de advocacia McDermott Will & Emery, à Reuters.
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