Usina solar flutuante é desenvolvida para suportar ondas de 10 metros

Empresas europeias pretendem explorar como a tecnologia funciona em condições desafiadoras do mar
04-02-2021-canal-solar-Usina solar flutuante é desenvolvida para suportar ondas de 10 metros

Já imaginou uma usina solar flutuante suportar ondas de até 10 metros? Este é o objetivo de duas empresas na Europa, que pretendem explorar como a tecnologia funciona em condições desafiadoras do mar.

Um consórcio incluindo a Ocean Sun e Fred Olsen Renewables desenvolverá, na Espanha, uma planta de 250 kWp na costa de Gran Canária. Segundo as companhias, o local foi escolhido porque a região é a parte mais ensolarada da Europa.

As empresas esclarecem que a tecnologia é baseada em uma fina membrana de polímero usada para montar módulos fotovoltaicos. Até o momento, já investiram cerca de € 4 milhões.

O projeto, que começa em janeiro de 2021, tem duração de 30 meses e, após a instalação, serão analisados os planos para comercialização e implantações em grande escala. “A usina dará à empresa insights valiosos para futuros parques flutuantes comerciais”, disse Rolf Johansen, diretor de energia solar flutuante da Fred Olsen Renewables.

“O estado do mar fora de Gran Canária representa uma mudança radical para a área de aplicação das tecnologias solares flutuantes comerciais hoje. A operação bem-sucedida da solução de membrana especial nessas águas abrirá caminho para o fornecimento abundante de energia renovável a preços acessíveis nas latitudes mais baixas”, comentou Børge Bjørneklett, CEO e fundador da Ocean Sun.

O potencial para o desenvolvimento de usinas flutuantes em condições climáticas extremas também será explorado por meio de um projeto-piloto na Noruega. A planta fotovoltaica, que ficará 3 metros acima da superfície do mar, deve ser instalada até o final deste ano.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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